Acidente do foguete em Alcântara: 'Estadão' acessa documentos inéditos da investigação; ouça podcast
"Alcântara: O desastre espacial brasileiro" fala da apuração do incêndio, há 20 anos, e detalha perícia nos destroços do VLS, projetado para ser o 1º veículo brasileiro a entrar em órbita
Quando ocorre um acidente de avião, os especialistas já conhecem alguns caminhos para a investigação, como buscar a caixa-preta ou levantar o histórico de eventos parecidos. Mas não é todo dia que um foguete de 20 metros derrete antes do lançamento. Foi exatamente isso que aconteceu com o Veículo Lançador de Satélites (VLS), foguete brasileiro que pegou fogo ainda em solo e matou 21 técnicos e engenheiros em 22 de agosto de 2003.
Duas décadas depois, o podcast especial do Estadão "Alcântara: O desastre espacial brasileiro" vai atrás de respostas. No segundo episódio da série, que estreia em todas as plataformas de áudio nesta terça, 22, a reportagem se aprofunda nas investigações. Houve negligência? Foi uma peça fora do lugar? O equipamento foi montado antes da hora? O que mudou na segurança da base depois disso?
Chamado "As peças do acidente", o episódio traz depoimentos inéditos sobre falhas que podem ter contribuído para o acidente três dias antes do lançamento. Mostra também como a segurança do programa espacial brasileiro foi alterada para sempre.
Além dos três episódios, o Estadão vai publicar textos, gráficos e vídeos que mostrarão como a unidade de Alcântara opera hoje. A base passou a firmar acordos para que empresas privadas do Brasil, e de outros países, lancem foguetes de suas instalações. Em março deste ano, a Coreia do Sul fez o primeiro voo comercial que partiu de lá.
Como a era Elon Musk da corrida espacial vai mudar a rotina desse centro de lançamentos no meio do Maranhão? O Brasil abandonou a ideia de colocar seu próprio equipamento em órbita? Não, existe uma nova aposta - e o próximo episódio do podcast vai revelar qual é esse plano e detalhar o seu cronograma.
