Uma equipe de mergulhadores e cientistas franceses e sul-africanos vai lançar, nas próximas semanas, uma expedição na África do Sul em busca do mítico celacanto, peixe mítico das grandes profundezas considerado desaparecido há muito tempo.
A expedição Gombessa, como o celacanto é chamado localmente, está prevista para se estender de 5 de abril a 15 de maio, informou nesta sexta-feira o Museu Nacional de História Natural (MNHN) de Paris em um comunicado.
Ela reunirá em torno do mergulhador e naturalista francês Laurent Ballesta uma equipe de mergulhadores especialmente treinados para alcançar grandes profundidades, cientistas do Instituto Sul-africano para a Biodiversidade Aquática (SAIAB) e seis cientistas do MNHN e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).
"Gigante pacífico de 2 metros de comprimento", o celacanto foi reencontrado em 1938, na costa leste da África do Sul. "Nós acreditamos que tivesse desaparecido há 70 milhões de anos. É considerado a grande descoberta zoológica do século XX", ressaltou o museu.
O celacanto "traz em si os traços da mudança dos peixes para os primeiros vertebrados terrestres de quatro patas": esboços de membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria o vestígio de um pulmão primitivo. Ele é, segundo o museu, "a testemunha viva e inesperada da saída das águas há 370 milhões de anos".
Entretanto, não conhecemos quase nada do modo de vida deste animal raríssimo que vivia a mais de 100 metros de profundidade, e do qual muito poucas observações diretas puderam ser feitas até hoje.
Para chegar até esta "lenda viva", Laurent Ballesta e sua equipe de mergulhadores deverão, diariamente, retornar às grutas de Jesser Canyon, na baía de Sodwana (Oceano Índico), a 120 metros de profundidade. Assim que tiverem feito contato com o animal, eles colocarão em andamento os protocolos científicos concebidos pela equipe de cientistas do MNHN e do CNRS, chefiada pelo paleontólogo Gael Clément, e os biólogos sul-africanos Kerry Sink e Angus Paterson, acrescentou o Museu.
De verme a "unicórnio": veja alguns dos mais estranhos animais:
Em geral, o peixe-remo é um mistério para os cientistas. Contudo, acredita-se que vive em águas profundas e se alimente de plâncton, pequenos crustáceos e lulas. Credita-se a ele boa parte dos relatos de "monstros" marinhos feitos por pescadores. Curiosamente, segundo o Museu de História Natural da Flórida (EUA), sua carne é considerada gelatinosa e não comestível. Não está ameaçado de extinção. Veja a seguir outros estranhos seres do nosso planeta
Foto: FishingVideos / Divulgação
O peixe-remo chama a atenção pelo tamanho e o formato. Este da imagem foi capturado pela marinha americana em 1996, segundo a própria corporação
Foto: Divulgação
O tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus) vive em águas profundas e raramente é visto em regiões mais rasas. Acredita-se que tenha entre 1 m e 1,5 m em média
Foto: OpenCage / Divulgação
Este da imagem foi registrado no Japão. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), pouco se sabe sobre a espécie, mas acredita que seja um predador ativo em águas profundas
Foto: Getty Images
O Hemitripterus bolini é um peixe que pode ser encontrado nas águas geladas do hemisfério norte. Este foi capturado no Alasca
Foto: AFSC/NOAA / Divulgação
Esta criatura gelatinosa que parece uma face é chamada de peixe-bolha (Psychrolutes marcidus). Ele vive em grandes profundidades oceânicas
Foto: AFSC/NOAA / Divulgação
Este verme gigante foi encontrado em um aquário no Reino Unido. Funcionários acharam o animal de 1,2 m por acaso embaixo de algumas pedras. Leia mais
Foto: Blue Reef Aquarium Newquay / BBC Brasil
A espécie é chamada de Eunice aphroditois e pode ser encontrada em vários mares, do Caribe à Nova Zelândia
Foto: Jenny / Divulgação
O Atractosteus spatula é encontrado principalmente nos Estados Unidos e México. Segundo o Museu de História Natural da Flórida, esse peixe com cara de jacaré pode alcançar até 3 m
Foto: LA Dawson / Divulgação
O rato-toupeira-pelado é encontrado no Quênia, Etiópia e Somália
Foto: Trisha M Shears / Divulgação
Apesar da feiura da espécie, este animal pode ajudar no tratamento do câncer, já que cientistas descobriram que dois de seus genes inibem o crescimento de tumores
Foto: Roman Klementschitz / Divulgação
O aardvark é um mamífero que vive na África e passa a maior parte do dia em tocas subterrâneas
Foto: AFP
Existem muitas criaturas estranhas nos oceanos. As diversas espécies de pepino-do-mar estão entre elas
Foto: Nhobgood / Divulgação
O társio está entre os menores mamíferos conhecidos e vive na Ásia. Este da imagem foi registrado nas Filipinas
Foto: Divulgação
O pequeno aye-aye (Daubentonia madagascariensis) vive em Madagascar, tem hábitos noturnos e se alimenta principalmente de sementes
Foto: Getty Images
O caranguejo da espécie Macrocheira kaempferi é o maior conhecido. Ele pode ser encontrado nos mares do Japão
Foto: AFP
Segundo especialistas, esse animal vive nas profundezas e as pernas podem chegar a 4 m de comprimento
Foto: AFP
A tartaruga da espécie Macrochelys temminckii é encontrada apenas nos Estados Unidos, em rios que deságuam no Golfo do México
Foto: LA Dawson / Divulgação
A espécie sofre com a exploração do homem, da agricultura à venda como animal de estimação
Foto: United States Fish and Wildlife Service / Divulgação
Este "unicórnio do mar" é na verdade chamado de Narwhal. Eles têm apenas dois dentes e, nos machos, um deles cresce e fica parecendo um chifre
Foto: Glenn Williams/National Institute of Standards and Technology / Divulgação
Esse mamífero vive nos mares gelados do norte do planeta e, curiosamente, acredita-se que fica mais ativo no inverno
Foto: Ansgar Walk / Divulgação
Nova espécie de peixe-sapo foi fotografada no fundo do mar durante uma expedição na Austrália em 2010
Foto: AFP
Peixe lophiiforme foi observado a mais de 1 km de profundidade durante a mesma expedição
Foto: AFP
Segundo os cientistas, foram observados animais poucos vistos e descobertos muitos outros, como este estranho peixe
Foto: Divulgação
Uma das câmeras registrou imagens a 1,4 mil m de profundidade no coral Osprey
Foto: Divulgação
A toupeira de nariz estrelado (Condylura cristata) vive no Canadá e nos Estados Unidos. O que mais chama a atenção neste pequeno animal (tem no máximo 20 cm) é o nariz, que tem 22 tentáculos cobertos por milhares de estruturas chamadas de órgão de Eimer, que registram os odores
Foto: Divulgação
O Histiophryne psychedelica foi descoberto em 2009 e parece exatamente o que o nome diz, um corpo com uma "pintura" psicodélica
Foto: AP
A equidna é um mamífero com espinhos e que põe ovos. Vive, principalmente, na Austrália
Foto: Noodle Snacks / Divulgação
Com bico de pato e um ferrão com um poderoso veneno, o ornitorrinco também é um mamífero que põe ovos
Foto: AFP
O pichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus) é a menor espécie de tatu e se chama a atenção o pelo branco e macio na parte inferior do corpo e pela "armadura" rosa. Este animal pode ser encontrado no pampa argentino
Foto: Cliff / Divulgação
Esqueça as minúsculas salamandras que não medem mais que poucos centímetros. A salamandra gigante chinesa pode chegar a 1,8 m. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a espécie é uma das mais ameaçadas de extinção no planeta
Foto: AFP
O dragão-marinho-folheado (Phycodurus eques) usa uma camuflagem incomum e faz justiça ao nome
Foto: Derek Ramsey / Divulgação
Na fase de lagarta, a borboleta Deilephila elpenor usa uma camuflagem que imita uma cobra para espantar os predadores
Foto: Joachim Baecker / Divulgação
O ocapi parece uma mistura de zebra, cavalo e girafa - sendo o único parente conhecido da última
Foto: AFP
O peixe-drácula (Danionella dracula), descoberto em um pequeno rio de Mianmar, mede apenas 1,7 centímetros e tem dentes que lembram os de um vampiro
Foto: BBC Brasil
Peixe dragão tem dentes até na língua. O animal parece terrível, mas tem apenas o tamanho de uma banana
Foto: Divulgação
O caranguejo yeti recebeu esse nome por causa da aparência peluda. O animal pertence a uma nova família descoberta durante o censo. Este espécime foi coletado a 2.228 m de profundidade
Foto: Divulgação
O sangue do peixe de gelo da Antártida é adaptado para não congelar em baixas temperaturas, por isso, não tem hemoglobina nem células vermelhas que dão cor ao sangue. Na mesma imagem, podem ser vistas estrelas-do-mar amarelas
Foto: Divulgação
Esta bizarra criatura foi registrada durante uma expedição científica na região de Sangihe Talaud, na Indonésia
Foto: AP
Esse sapo pertence à espécie Microhyla nepenthicola, descoberta em Sarawak, na Malásia. O minúsculo animal tem cerca de 3 mm quando girino e entre 9 e 11 mm quando adulto. É considerado a menor espécie de sapo da Ásia
Foto: AFP
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