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Cientistas exploram mar sul-africano em busca de peixe mítico

Celacanto é considerado desaparecido há muito tempo

29 mar 2013 - 15h16
(atualizado às 16h48)
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Uma equipe de mergulhadores e cientistas franceses e sul-africanos vai lançar, nas próximas semanas, uma expedição na África do Sul em busca do mítico celacanto, peixe mítico das grandes profundezas considerado desaparecido há muito tempo.

A expedição Gombessa, como o celacanto é chamado localmente, está prevista para se estender de 5 de abril a 15 de maio, informou nesta sexta-feira o Museu Nacional de História Natural (MNHN) de Paris em um comunicado.

Ela reunirá em torno do mergulhador e naturalista francês Laurent Ballesta uma equipe de mergulhadores especialmente treinados para alcançar grandes profundidades, cientistas do Instituto Sul-africano para a Biodiversidade Aquática (SAIAB) e seis cientistas do MNHN e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).

"Gigante pacífico de 2 metros de comprimento", o celacanto foi reencontrado em 1938, na costa leste da África do Sul. "Nós acreditamos que tivesse desaparecido há 70 milhões de anos. É considerado a grande descoberta zoológica do século XX", ressaltou o museu.

O celacanto "traz em si os traços da mudança dos peixes para os primeiros vertebrados terrestres de quatro patas": esboços de membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria o vestígio de um pulmão primitivo. Ele é, segundo o museu, "a testemunha viva e inesperada da saída das águas há 370 milhões de anos".

Entretanto, não conhecemos quase nada do modo de vida deste animal raríssimo que vivia a mais de 100 metros de profundidade, e do qual muito poucas observações diretas puderam ser feitas até hoje.

Para chegar até esta "lenda viva", Laurent Ballesta e sua equipe de mergulhadores deverão, diariamente, retornar às grutas de Jesser Canyon, na baía de Sodwana (Oceano Índico), a 120 metros de profundidade. Assim que tiverem feito contato com o animal, eles colocarão em andamento os protocolos científicos concebidos pela equipe de cientistas do MNHN e do CNRS, chefiada pelo paleontólogo Gael Clément, e os biólogos sul-africanos Kerry Sink e Angus Paterson, acrescentou o Museu.

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