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Fuga de 50 filhotes de cobra aterroriza cidade chinesa

11 out 2016 - 11h16
(atualizado às 11h26)
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Cobra de monóculo (Naja kaouthia) é uma espécie muito venenosa
Cobra de monóculo (Naja kaouthia) é uma espécie muito venenosa
Foto: Getty Images

A fuga de 50 filhotes de cobra de monóculo (Naja kaouthia), uma espécie muito venenosa, está aterrorizando a cidade chinesa de Nanquim (leste), onde foi mobilizada nesta terça-feira uma operação de busca e ambulâncias equipadas com antídotos para atender possíveis vítimas da mordida.

Mais de 200 serpentes escaparam de um criadouro entre os dias 26 e 29 de agosto e três quartos delas morreram ou foram recuperadas, mas as autoridades foram avisadas na segunda-feira que um morador descobriu e matou uma dos cobras em sua casa, informou a imprensa oficial.

Os responsáveis do criadouro tinham comprado de forma ilegal 1.820 ovos de cobra de monóculo no começo de agosto na província sulina chinesa de Cantão e os transportaram sem aprovação oficial até Nanquim, em uma viagem a qual sobreviveram 1,5 mil filhotes.

Após ser alertado sobre a fuga, o governo local de Nanquim fechou o criadouro e anunciou que seus donos assumiriam a responsabilidade pelo ocorrido, ao mesmo tempo que lançou um dispositivo para capturar os animais.

Funcionários municipais começaram a patrulhar hoje um raio de cinco quilômetros ao redor do criadouro, enquanto pelos arredores foram distribuídas ambulâncias e pessoal sanitário com antídoto transportado desde Xangai.

As autoridades também enviaram funcionários para alertar aos moradores sobre a fuga das cobras, embora trataram de tranquilizá-los explicando que trata-se de filhotes de 20 centímetros -na idade adulta chegam a medir dois metros- e com um veneno mais fraco que o de exemplares mais maduros.

A criação comercial desta espécie de cobra, prezada por seu uso na medicina tradicional chinesa e na elaboração do vinho de serpente, é habitual em países como China, Vietnã, Laos e Mianmar (Mianmar), de onde é oriunda, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.

EFE   
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