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Há 540 milhões de anos, evolução das espécies foi 5 vezes mais rápida

12 set 2013 - 16h13
(atualizado às 16h15)
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<p>Ilustra&ccedil;&atilde;o mostra um <em>Anomalocaris </em>gigante que &quot;investiga&quot; um trilobita&nbsp;no solo marinho. Ao lado, um pequeno &quot;cacto andante&quot; (<em>Diania crawls</em>) e, mais ao fundo, um <em>Opabinia </em>observa a cena. H&aacute; 540 milh&otilde;es de anos, nosso planeta experimentou uma &quot;explos&atilde;o&quot; na variedade de esp&eacute;cies e agora cientistas calcularam a taxa evolutiva do per&iacute;odo</p>
Ilustração mostra um Anomalocaris gigante que "investiga" um trilobita no solo marinho. Ao lado, um pequeno "cacto andante" (Diania crawls) e, mais ao fundo, um Opabinia observa a cena. Há 540 milhões de anos, nosso planeta experimentou uma "explosão" na variedade de espécies e agora cientistas calcularam a taxa evolutiva do período
Foto: Katrina Kenny/Nobumichi Tamura / Divulgação

Entre 540 milhões e 520 milhões de anos atrás as espécies de animais experimentaram uma grande diversificação, uma taxa de evolução muito mais rápida do que a vista nos dias atuais. Um estudo divulgado nesta quinta-feira calculou a taxa de evolução desse período, chamado de explosão do Cambriano: segundo os cientistas, as espécies se diversificavam 5 vezes mais rapidamente do que nos dias atuais. O estudo, publicado na revista Current Biology, afirma também que esses dados são compatíveis com a seleção natural visionada por Charles Darwin.

"Essa explosão simultânea de vida, poucos ou nenhum precursores, parecia em desacordo com a ideia de Darwin de evolução gradual através da seleção natural", diz Mike Lee, da Universidade de Adelaide (Austrália). "Contudo, nossos resultados mostram que uma evolução acelerada moderadamente, sustentada por algumas dezenas de milhões de anos, pode ter produzido este padrão. Um aumento de cinco vezes na taxa de evolução pode comprimir cerca de 100 milhões de anos de mudanças em cerca de 20 milhões de anos - um tempo relativamente pequeno em termos geológicos."

Lee afirma que o aceleramento na taxa evolutiva aumentou na época possivelmente devido a diversas evoluções que ocorreram - como predação, visão e nado ativo - que abriram um amplo espectro de novas possibilidades para os animais durante o Cambriano. Esse tipo de aumento na velocidade de diversificação das espécies também ocorre quando novos ambientes são colonizados - como ocorre, por exemplo, com aves e mamíferos em ilhas e com cobras no mar.

Para fazer o estudo, os cientistas escolheram o grupo dos artrópodes, o de maior sucesso na explosão do Cambriano - e hoje em dia, já que compõem 80% das espécies de animais atualmente. "Se você está interessado em grandes padrões de evolução animal, artrópodes são o grupo-chave para estudar", diz Lee.

Ao analisar fósseis e usar métodos de datação molecular, Lee e seus colegas quantificaram as diferenças anatômicas e genéticas entre os artrópodes da época para determinar a taxa evolutiva da época. Eles se disseram surpresos ao descobrir que a taxa se manteve constante durante o período da explosão. "Quando uma linhagem adquire uma nova adaptação, ela geralmente passa por uma explosão evolutiva para preencher uma nova gama de ambientes e nichos abertos (pela adaptação)", diz Lee.

Fonte: Terra
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