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Animal marinho da Austrália pode revolucionar zoologia

Organismos podem pertencer à forma mais primitiva de vida animal

4 set 2014 - 15h55
(atualizado às 16h51)
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<p>Os cientistas acreditam que a espécie vivia de forma independente</p>
Os cientistas acreditam que a espécie vivia de forma independente
Foto: Twitter

Animais marinhos em formato de cogumelo descobertos na Austrália, na década de 1980, podem revolucionar a zoologia, informou a National Geographic. Os organismos são tão únicos que devem provocar modificações nas primeiras ramificações da cadeia evolutiva.

Descritos pela primeira vez na última quarta-feira pela revista cientifica PLOS ONE, eles não podem ser encaixados, de acordo com os pesquisadores, em nenhum grupo animal existente, ainda que apresentem algumas poucas semelhanças com espécies extintas.

Segundo a neurobiologista do Laboratório Whitney da Universidade da Flórida para Biociência Marinha, Leonid Moroz, se for comprovada que a nova espécie é descendente dos animais primitivos, a descoberta poderá também reformular nosso entendimento sobre como os animais evoluíram, assim como os neurosistemas e os mais diferentes tecidos. "Ela poderá reescrever todos os livros de zoologia", afirma.

Se estes animais estão diretamente relacionados com organismos antigos, eles seriam uma reminiscênia da descoberta do peixe celacanto, que por muito tempo se pensava estar extinto. 

Os pequenos animais, que não chegam a medir nem 2 centímetros, quando vivos são translúcidos e superficilamente semelhantes aos cogumelos chanterelle. Eles têm um boca conectada a um canal digestivo que se ramifica diversas vezes após atingir um disco.

<p>Desde 1986, nenhum outro animal semelhante à espécie foi descoberto</p>
Desde 1986, nenhum outro animal semelhante à espécie foi descoberto
Foto: Twitter

O estilo de vida desses animais é tão misterioso quanto sua aparência. Eles não parecem ter sido originados de nenhum outro animal, levando os cientistas considerarem a possibilidade de eles serem espécies independentes.

Por outro lado, os organismos não parecem ser capazes de nadar, já que seu disco é inflexível e eles não parecem ter outros meios de propulsão. Como a boca é pequena e simples, os pesquisadores especulam que a espécie podia se alimentar de micróbios encontrados pelo lóbulos que cercam a sua boca.

O biólogo Jean Just, um especialista em crustáceos, achou as criaturas em 1986 em uma amostra do fundo do mar australiano. Desde então, animais semelhantes não foram mais encontrados. 

Após serem coletados das profundezas do oceano, os Dendrogramma, como foram nomeados, foram preservados em formol e então em etanol, o que tornou seu material genético muito difícil de ser analisado.  Sem informação genética, é difícil saber como as novas espécies estão relacionadas a outros animais. Mas com base em sua forma física, se presume que ele pertença a um ramo muito precoce da vida animal. 

Os Dendrogramma apresentam semelhanças a animais como águas-vivas, corais e anêmonas do mar. Como estes animais, a nova espécie também parece ter apenas uma única abertura digestiva, por onde os alimentos são ingeridos e os resíduos expelidos.  

Eles também se assemelham a fósseis de pelo menos três organismos que também possuem um disco atado com bifurcações. Acredita-se que essas formas de vida tenham desaparecido mais de 540 milhões de anos atrás no final do período Ediacarano, pouco antes de um momento de rápida evolução animal chamado explosão cambriana. 

É possível que os Dendrogramma tenham desenvolvido de forma independente uma estrutura semelhante como resposta as mesmas condições que as três espécies extintas eram expostas, um fenômeno comum chamado de evolução convergente. 

Fonte: Terra
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