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As pessoas só se tornam 'completamente adultas' aos 30 anos, diz neurocientista

Especialistas dizem que, aos 18 anos, o cérebro ainda está passando por mudanças que podem afetar o comportamento.

19 mar 2019 - 16h33
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'É uma transição muito mais sutil que ocorre ao longo de três décadas', afirma pesquisador
'É uma transição muito mais sutil que ocorre ao longo de três décadas', afirma pesquisador
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Quando começa a vida adulta?

Em grande parte dos países, ao completar 18 anos, você já pode votar, comprar bebidas alcoólicas, obter financiamento imobiliário e ser julgado criminalmente por seus atos.

Mas um grupo de neurocientistas sugere que as pessoas só se tornam "completamente adultas" aos 30 anos.

De acordo com os pesquisadores, aos 18 anos, o cérebro ainda está passando por mudanças que podem afetar o comportamento dos jovens, deixando-os, inclusive, mais propensos a desenvolver transtornos mentais.

"Processos que envolvem o aumento da condutividade dos nervos, a construção de redes neurais e a 'poda' de conexões indesejadas começam no útero e continuam por décadas", afirma o jornal britânico The Independent.

Portanto, a idade em que cada um se torna adulto varia.

Fronteira imprecisa

Peter Jones, professor da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, destaca que essa transição não acontece de um dia para o outro.

"O que estamos dizendo realmente é que ter uma definição clara de quando você passa da infância para a idade adulta parece algo cada vez mais absurdo."

Os cientistas dizem que o cérebro se desenvolve em diferentes momentos para cada pessoa
Os cientistas dizem que o cérebro se desenvolve em diferentes momentos para cada pessoa
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

"É uma transição muito mais sutil que ocorre ao longo de três décadas", explica o pesquisador, que participa de um encontro de neurociências promovido pela Academia de Ciências Médicas de Oxford, no Reino Unido.

Segundo ele, a adoção de uma "linha divisória" é apenas uma questão de "conveniência".

"Eu acho que convém para os sistemas de educação, de saúde e judicial ter essas definições", acrescenta.

Apesar disso, Jones acredita que juízes criminais experientes sabem reconhecer a diferença entre um réu de 19 anos e um criminoso "endurecido" com mais de 30 anos.

"Eu acho que o sistema está se adaptando, que as pessoas não gostam [da ideia de] uma lagarta se transformando em borboleta", afirmou.

"Não existe uma infância e depois uma vida adulta. As pessoas estão trilhando um caminho, estão em uma trajetória", conclui.

https://www.youtube.com/watch?v=YufygaaK5sE

https://www.youtube.com/watch?v=ug2cXtlvJA8&t=3s

https://www.youtube.com/watch?v=YQinc_ACKwE

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