Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Asteroide que matou dinossauros era uma bola gigante de lama, diz estudo

Os pesquisadores coletaram e analisaram amostras de rochas de vários países, incluindo Dinamarca, Itália e Espanha; análise focou no metal rutênio, abundante em rochas espaciais

16 ago 2024 - 15h07
Compartilhar
Exibir comentários

Sessenta e seis milhões de anos atrás, a história da vida na Terra tomou um rumo dramático quando um asteroide colidiu com o que é hoje a Península de Yucatán, em Chicxulub, México. Os efeitos desse impacto resultaram na extinção de cerca de 75% das espécies animais, incluindo a maioria dos dinossauros, exceto as aves. Um novo estudo revela mais sobre as características desse asteroide.

Ilustração de um grande impacto de asteróide em Chicxulub, na costa do México
Ilustração de um grande impacto de asteróide em Chicxulub, na costa do México
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Publicado nesta quinta-feira (15), na revista Science, o estudo conduzido por Steven Goderis e sua equipe investigou a composição química do asteroide e as descobertas sugeririam que o responsável por "assassinar" dinossauros era, na verdade, uma rara bola de lama rica em argila contendo materiais do alvorecer do sistema solar.

O asteroide Chicxulub, grande o suficiente para desaparecer em sua maioria ao impactar a Terra, tinha diâmetro entre 9,7 e 14,5 quilômetros. Viajando a 25 quilômetros por segundo, sua energia foi convertida em calor intenso, resultando na vaporização da rocha espacial.

O impacto criou uma nuvem de poeira que bloqueou a luz solar, diminuindo as temperaturas globais e dando origem a um evento de extinção em massa. Essa camada de poeira, presente em todo o globo, é um traço químico que dura desde então, formando uma assinatura temporal de 66 milhões de anos atrás.

Como cientistas identificaram a composição do asteroide?

Os pesquisadores coletaram e analisaram amostras de rochas de vários países, incluindo Dinamarca, Itália e Espanha. A análise focou no metal rutênio, abundante em rochas espaciais, e revelou que a composição do asteroide corresponde a um tipo específico de meteorito, conhecido como condrito carbonáceo.

Esses condritos frequentemente contêm água, argila e compostos orgânicos, o que sugere que o asteroide responsável pela extinção era uma antiga rocha espacial repleta de materiais presentes no início do Sistema Solar.

Por que é importante conhecer a composição dos asteroides?

Compreender a natureza dos asteroides nos ajuda a desenvolver métodos eficazes de defesa planetária. Goderis citou a missão DART da NASA como exemplo, onde uma espaçonave foi enviada para desviar um asteroide de seu curso.

O comportamento dos condritos carbonáceos, por exemplo, seria diferente de outros tipos de asteroides devido à sua porosidade e leveza. Portanto, o estudo desses objetos celestiais é vital para a segurança futura do nosso planeta.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade