Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

B. santosdoroi | Conheça o 1º sapo do período Cretáceo encontrado em SP

O novo membro do gênero Baurubatrachus conviveu com dinossauros há 80 milhões de anos e é o primeiro sapo do Cretáceo encontrado em São Paulo

2 jan 2023 - 14h22
(atualizado às 18h58)
Compartilhar
Exibir comentários

Paleontólogos descobriram o primeiro sapo brasileiro do Cretáceo, que viveu com os dinossauros e muitas outras criaturas pré-históricas em uma Minas Gerais irreconhecível, há cerca de 70 milhões de anos. Já extinta, a espécie foi nomeada Baurubatrachus santosdoroi, em alusão aos cientistas que a descobriram, Edvaldo Fabiano dos Santos e Laércio Fernando Doro. O gênero Baurubatrachus já é conhecido, tendo sido nomeado há alguns anos — ele é considerado "bizarro" pelos cientistas.

Foto: twenty20photos/Envato / Canaltech

Todo o gênero do animal, composto de sapos pré-históricos também já extintos, é consideravelmente pequeno, na verdade, contendo apenas o holotipo Baurubatrachus pricei, que havia sido descoberto na Formação Serra da Galga, próximo a Peirópolis, em Minas Gerais. Da subordem Neobatrachia, estes anfíbios viviam na idade Maastrichtiana do Brasil, no final do Período Cretáceo, entre 72 e 66 milhões de anos atrás.

Sapos pré-históricos brasileiros

Alguns milhões de anos separam o B. santosdoroi do B. pricei, com o novo sapo descoberto sendo mais antigo do que seu companheiro de gênero. Ele conviveu com peixes, crocodilos, tartarugas, insetos, caracóis, mamíferos, dinossauros e outras espécies de sapo em sua época. Seus restos fossilizados foram encontrados na Formação Adamantina, um afloramento próximo à cidade de Catanduva, no estado de São Paulo, e estudado por cientistas brasileiros e argentinos.

Foram encontrados, especificamente, dois fósseis de sapo, que permitiram aos cientistas descrever características únicas, tanto cranianas quanto pós-cranianas, que colocaram a espécie dentro do gênero Baurubatrachus. Isso ajuda a enriquecer o conhecimento sobre os ossos de todo o gênero, como o forâmen subtimpânico e outros aspectos agora atribuídos aos antigos sapos brasileiros. Um estudo sobre a espécie foi publicado na revista científica Ameghiniana.

Assim, o conhecimento paleontológico e as interações paleoecológicas entre as espécies ficam cada vez mais ricos, de acordo com os cientistas, paleontólogos da Universidade Maimónides. Segundo eles, o Baurubatrachus santosdoroi é a primeira espécie de sapo do Cretáceo formalmente nomeada no estado de São Paulo, um recordo paleontológico bem interessante. Com isso, estudos dos neobatráquios ficarão mais fáceis, já que o grupo de sapos é bem pouco conhecido pela ciência.

Fonte: Ameghiniana

Trending no Canaltech:

Canaltech
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade