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Casal alemão devolverá ao Egito esteira faraônica roubada

12 jul 2014 - 12h38
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Um casal alemão entregará na próxima semana ao embaixador egípcio em Berlim, Mohammed Hagazi, uma esteira da dinastia faraônica XVIII (1569- 1315 a.C) que tinha sido roubada e tirada do país através do contrabando, informou neste sábado o Ministério egípcio das Relações Exteriores.

Em comunicado, o departamento governamental explicou que a esteira, de 30 por 40 centímetros, foi arrancada do muro de uma tumba da cidade monumental de Luxor, e data da época do faraó Tutmosis IV, que governou Egito por volta dos anos 1400 e 1390 a.C.

A cerimônia de entrega vai acontecer na sede diplomática do Egito em Berlim, onde as autoridades irão agradecer ao casal alemão pela "iniciativa ética que tiveram ao devolvê-la ao Egito depois que foram informados que o objeto saiu do país através de contrabando", reza o comunicado.

O casal, colecionador de peças antigas, tinha comprado a peça no final de 1986, com o convencimento de que era propriedade de um colecionadora britânico.

Posteriormente, a tinha emprestado há semanas ao Museu de Egiptología da Universidade de Bonn para exibí-la em uma exposição, mas um jovem especialista alemão a reconheceu e comunicou ao casal que tinha sido roubada de uma tumba faraônica.

Posteriormente, um responsável do museu entrou em contato com o ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, para informá-lo que o casal alemã desejava devolver a esteira ao Egito após saber que era roubada.

As autoridades de Arqueologia recuperaram centenas de peças nos últimos meses, no marco de uma intensa campanha mundial, que inclui uma estrita vigilância das ofertas das casas de leilão, para impedir a venda de antiguidades egípcias, que foram roubadas e tiradas de contrabando.

Em 10 de julho, uma estátua egípcia da V dinastia faraônica (2.465 - 2.323 a . C.) foi leiloada na casa Christie's de Londres por 15,7 milhões de libras (US$ 26,9 milhões), muito acima do preço estimado.

A venda da valiosa estátua, de pedra caliça pintada e dedicada ao inspetor dos escrevas Sekhemka, foi condenada pelo embaixador do Egito em Londres, Ahsraf Eljoli, já que seu deu de presente para o Museu de Northampton no final do século XVIII.

EFE   
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