Cientistas acham bactérias devoradoras de CO2 em ilha italiana
Organismos fazem processo em 'velocidade incrível', diz estudo
Um grupo internacional de cientistas encontrou bactérias capazes de devorar o gás carbônico (CO2) em fontes termais vulcânicas submarinas abaixo da ilha italiana de Vulcano, que fica no Mar Tirreno, na Sicília.
Segundo os especialistas, a capacidade dos organismos de absorver esse gás tem uma "velocidade incrível", que é muito maior do que outras bactérias conhecidas que fazem o mesmo processo.
Os pesquisadores internacionais fazem parte do projeto Two Frontiers e foram liderados pelo especialista das universidade norte-americanas de Cornell e Harvard Medical School, Braden Tierney. Já as descobertas foram publicadas pelo jornal britânico "The Guardian".
O grupo fez uma missão em Vulcano em setembro do ano passado e um time de mergulhadores recolheu amostras na baía de Levante, que têm águas caracterizadas por uma elevada quantidade de CO2 e por um pH muito baixo por conta das infiltrações de origens vulcânicas.
A descoberta abre um novo mundo de possibilidades para o uso dessas bactérias para ajudar na remoção do gás carbônico e outros gases que provocam o efeito estufa. O novo organismo foi classificado como uma cianobactéria - que às vezes é confundida com um tipo de alga verde.
Mas, nesse caso, tratam-se de organismos fotossintéticos que são capazes de subtrair o CO2 do ambiente. E, para além da velocidade que fazem o processo, eles ainda têm outra vantagem que era desconhecida: afundam na água durante a absorção. .