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Cientistas analisam crânio de Homo erectus com menor capacidade da história

Cientistas ainda não conseguem definir diferenças muito grandes entre os cérebros das espécies humanas, mas novo crânio de Homo erectus pode dar algumas dicas

3 mar 2023 - 17h04
(atualizado às 21h22)
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Cientistas do Centro Nacional de Investigación sobre la Evolución Humana (CENIEH) publicaram, recentemente, uma análise do crânio de 1,5 milhão de anos conhecido comoc DAN5/P1, encontrado no sítio arqueológico de Gona, na Etiópia. No trabalho, Emiliano Bruner e Sileshi Semaw, paleoneurologista e arqueólogo, respectivamente, definem os restos como tendo pertencido a um Homo erectus, especificamente nos estágios iniciais de sua evolução africana, quando é por vezes chamado de H. ergaster.

Mais importante do que as identificações de espécie foram as análises cranianas. O fóssil é bem pequeno para os grupos hominínios, o que sugere uma morfologia cerebral que não tem traços distintivos do gênero humano. Proporcionalmente, seu tamanho é mais próximo dos australopitecos, ou espécies cuja posição evolucionária não é clara, bem como sua ligação com nossa própria linhagem não pode ser definida — o mesmo ocorre com o Homo habilis.

Foto: Pixabay/Domínio Público / Canaltech

Por que é difícil diferenciar espécies humanas?

O crânio DAN5/P1 é mais arredondado e menos alongado do que os de H. erectus posteriores, um provável resultado da arquitetura craniana, sem relação com as proporções do córtex cerebral, segundo os cientistas. Isso é importante por conta do nosso entendimento da evolução das espécies dentro do gênero humano.

Em outras palavras, a análise confirma que não temos, ainda, evidências de uma divisão clara que possa estabelecer a origem da anatomia cerebral nos humanos, ou pelo menos não com o que podemos observar nos registros fósseis encontrados até agora. A maioria das diferenças na anatomia do cérebro entre as primeiras espécies humanas estão no tamanho médio do encéfalo, inclusive na comparação entre humanos e australopitecos.

Um dos motivos possíveis para a dificuldade de encontrar diferenças cerebrais na evolução dos Homo está na ausência de diferenças macroscópicas — ou seja, grandes — no córtex, nas limitações de amostras fósseis e na complexidade de interpretar a morfologia do órgão apenas por traços internos deixados no crânio. Não temos, é claro, um cérebro preservado dos nossos ancestrais e primos evolutivos para comparações mais profundas.

Por fim, há a possibilidade de que as mudanças cerebrais nas espécies não podem, no fim das contas, serem detectadas a partir da anatomia geral, mas sim no nível celular e de tecidos, se apresentando nas conexões neurais ou neurotransmissores, por exemplo. Isso, é claro, seria mais difícil ainda de se descobrir, já que os Homo sapiens representam a única espécie restante do gênero humano.

Fonte: American Journal of Biological Anthropology

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