Cientistas dizem estar mais perto da cura do resfriado
Estudo sugere desenvolvimento de tratamento com base em peptídeos antimicrobianos.
Pesquisadores acreditam ter avançado na busca pela cura do resfriado.
De acordo com cientistas da Universidade Edinburgh Napier, na Escócia, o tratamento poderia ser desenvolvido com base em peptídeos antimicrobianos, biomoléculas presentes naturalmente no sistema imunológico de seres humanos e animais.
A equipe observou como essas substâncias aumentam a resposta natural do organismo à infecção por rinovírus - principal vírus responsável pelo resfriado comum.
Durante o estudo, os cientistas sintetizaram peptídeos antimicrobianos encontrados em porcos e ovelhas e avaliaram seu impacto em células pulmonares infectadas por rinovírus.
Os peptídeos atacaram o vírus com sucesso.
Os pesquisadores acreditam que esse resultado pode fornecer pistas para o desenvolvimento de novos tratamentos para o resfriado à base em peptídeos encontrados na natureza.
Próximos passos
"Essa é uma descoberta animadora. Nossos próximos passos serão modificar o peptídeo para torná-lo ainda mais eficaz para matar esse vírus", afirma Peter Barlow, professor associado de imunologia e infecção da universidade escocesa.
"A pesquisa ainda está nos estágios iniciais, mas nós vamos, em última análise, tentar desenvolver medicamentos para tratamentos que possam curar o resfriado comum", acrescenta.
A descoberta de um tratamento eficaz para o resfriado pode ajudar pacientes portadores de doenças pulmonares mais graves, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), para quem as infecções virais podem representar um alto risco para a saúde.
"Não há cura e não há vacina. Portanto, o desenvolvimento de tratamentos eficazes para o rinovírus humano, principal agente causador do resfriado comum e uma das causas mais comuns de infecções virais do trato respiratório, é algo urgente", completa Barlow.
"Esse estudo representa um passo importante para encontrar um tratamento."
Pesquisas realizadas anteriormente pelo professor Barlow destacaram ainda o potencial dos peptídeos antimicrobianos no combate ao vírus influenza A, causador das gripes.
O último estudo foi financiado pelo Chief Scientist Office e pela instituição de pesquisa médica Tenovus Scotland.