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Cientistas encontraram sinal de vida fora do Sistema Solar?

Astrônomos esperam mais observações do telescópio James Webb, mas estão entusiasmados com a capacidade do observatório de captar biomarcadores

14 set 2023 - 03h10
(atualizado às 07h24)
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Não sei se você já percebeu, mas a Terra é o único planeta de todo o sistema solar que não tem nome de algum deus romano ou grego, como Júpiter, Saturno e Marte.
Não sei se você já percebeu, mas a Terra é o único planeta de todo o sistema solar que não tem nome de algum deus romano ou grego, como Júpiter, Saturno e Marte.
Foto: William Anders-divulgação/Nasa / Flipar

Astrônomos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, encontraram possíveis sinais de sulfeto de dimetila (DMS, na sigla em inglês) em um planeta oito vezes maior que a Terra e que fica fora do Sistema Solar (exoplaneta). Essa molécula é um marcador de atividade biológica, isto é, vida.

Embora seja uma notícia animadora, afinal, responder à pergunta "estamos sozinhos?" está no cerne da pesquisa de exoplanetas, o sinal é "fraco" e, segundo os pesquisadores envolvidos, é necessário mais observações para compreender os "possíveis processos atmosféricos e internos envolvidos". As descobertas foram publicadas na revista científica The Astrophysical Journal Letters e usaram dados do Telescópio Espacial James Webb.

"O nosso objetivo final é a identificação de vida num exoplaneta habitável, o que transformaria a nossa compreensão do nosso lugar no Universo. Nossas descobertas são um primeiro passo promissor nessa direção", disse Nikku Madhusudhan, astrônomo e autor principal do artigo, ao porta de notícias da Universidade de Cambridge.

Conforme mostrou o Estadão, a abundância de metano e dióxido de carbono, somada à escassez de amônia, captada pelos cientistas apoiam a hipótese de que pode haver um oceano de água sob uma atmosfera rica em hidrogênio neste planeta distante. Ao contrário da assinatura de DMS, essas outras moléculas apareceram de forma mais evidente na análise.

No entanto, há incertezas sobre a capacidade de ele abrigar vido. A Nasa explica que o o grande tamanho do planeta significa que o interior dele "provavelmente contém um grande manto de gelo de alta pressão", como Netuno, mas com uma "atmosfera mais fina, rica em hidrogênio, e uma superfície oceânica". "É possível que o oceano seja demasiadamente quente para ser habitável ou líquido."

Estadão
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