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O estado do planeta: diagnóstico e prognóstico dos especialistas

28 nov 2014 - 17h12
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O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) publicou, em outubro, uma nova avaliação dos conhecimentos ao fim de um trabalho de síntese dos estudos existentes em todo o mundo. A seguir, as principais conclusões deste informe, de várias centenas de países.

- Temperatura: a média global na superfície do planeta subiu 0,85° C entre 1880 e 2012; as três últimas décadas foram sucessivamente as mais quentes desde 1850; segundo a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, os dez primeiros meses de 2014 foram os mais quentes desde 1880.

- Acidificação: a acidez dos oceanos aumentou 26%, devido à absorção de uma parte (30%) das emissões de CO2.

- Ártico: a superfície média anual dos gelos polares diminuiu entre 3,5% e 4,1% por década entre 1979 e 2012.

- Oceanos: entre 1901 e 2010, seu nível médio subiu 19 cm.

- Gases de efeito estufa: as concentrações de GEEs (CO2, metano e óxido nitroso) na atmosfera são os mais elevados em 800.000 anos.

- Foram modelados 4 cenários: na falta de novas medidas para reduzir as emissões, o planeta segue o cenário mais elevado, correspondente a uma alta global das temperaturas no fim do século XXI de 3,7º C a 4,8° C com relação a 1850-1900.

- O limite de 2° C que não deve ser superado para evitar impactos irreversíveis e graves implica reduzir as emissões entre 40% e 70% até 2050 (com relação a 2010) e fazê-los desaparecer em 2100.

- Precipitações: alta nas latitudes médias do hemisfério norte durante o século XX.

- Eventos extremos: aumento da frequência e da duração das ondas de calor em Europa, Ásia e Austrália; episódios de chuvas intensas mais violentos e frequentes nas latitudes médias e nas regiões tropicais úmidas; menos precipitações nas regiões secas, com algumas exceções.

- A distribuição, as migrações e a população de numerosas espécies marinhas e terrestres se modificaram.

- O impacto global nos rendimentos agrícolas é negativo.

- A região do Ártico vai continuar esquentando mais rapidamente do que a média do planeta; antes de meados deste século, o Oceano Ártico não terá gelo no verão.

- Ondas de calor mais frequentes, ondas de frio menos frequentes na maior parte do planeta.

- As mudanças nas precipitações não serão uniformes: alta no Pacífico equatorial, nas latitudes elevadas e nas regiões úmidas nas latitudes médias, baixa nas regiões subtropicais secas.

- A elevação do nível do mar continuará em um ritmo mais elevado: de 26 cm a 82 cm no período 1986-2005 e no fim do século XXI; a alta não será uniforme no planeta.

- Riscos crescentes de extinção de muitas espécies (animais ou vegetais).

- A segurança alimentar será afetada (pesca e produção de grãos, sobretudo)

- Baixa dos recursos de água potável nas regiões subtropicais secas.

- Riscos crescentes de inundações, deslizamentos de terra e tempestades.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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