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O IPCC, uma ampla rede de especialistas em mudanças climáticas

Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas sintetiza conhecimentos científicos já publicados e procura soluções para o aquecimento global

23 set 2013 - 09h04
(atualizado às 10h59)
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<p>Representantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Lena Ek, ministra do Ambiente da Suécia, e Thomas Stocker, membro da ONU, participam de reunião em Estocolmo, capital da Suécia  </p>
Representantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Lena Ek, ministra do Ambiente da Suécia, e Thomas Stocker, membro da ONU, participam de reunião em Estocolmo, capital da Suécia
Foto: Reuters

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que publicará na sexta-feira um importante relatório com suas projeções para o clima do mundo até 2100, é a maior rede mundial de especialistas neste tema, crucial para o futuro do planeta.

O IPCC foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Em 2007, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Seu papel é analisar e sintetizar os trabalhos de pesquisa sobre o clima de laboratórios no mundo inteiro. Funciona como uma correia de transmissão entre os cientistas e os encarregados políticos de seus 195 países-membros. Seu presidente é o indiano Rajendra Pachauri, que conta com uma pequena equipe de trabalho sediada em Genebra.

O IPCC está organizado em três grupos de especialistas: o primeiro (que apresentará seu relatório na próxima sexta-feira), verifica os indícios do aquecimento global; o segundo avalia o impacto das mudanças climáticas, e o terceiro se dedica a procurar soluções (estes dois últimos grupos apresentarão seus relatórios em 2014).

O IPCC já publicou quatro relatórios, em 1990, 1995, 2001 e 2007, que confirmaram o papel que o ser humano desempenha no aquecimento observado no século XX.

O informe de 2007 previa um aumento da temperatura média do planeta entre 1,8 e 4 graus Celsius e a possibilidade de uma elevação até +6º C com relação às temperaturas anteriores à Revolução Industrial.

Em 2010, pouco depois do fracasso da cúpula de Copenhague que pretendia alcançar um acordo climático mundial, o IPCC foi questionado pelos céticos do aquecimento global, que destacaram alguns erros em seu último informe, como o que falava do risco de um derretimento dos gelos do Himalaia antes de 2035.

Esta data não se baseou em uma das publicações científicas submetidas à avaliação do IPCC. A instituição admitiu ter cometido um "erro lamentável", embora tenha esclarecido que não colocava em dúvida a validade de suas conclusões.

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