Protestos contra aquecimento global reúnem personalidades
Manifestantes tomaram as ruas de Paris, Nova York e Londres, incluindo o ambientalista Al Gore e o ator Leonardo DiCaprio
Cerca de 5.000 pessoas participaram de um ato neste domingo em Paris pela luta contra o aquecimento global, em meio a um ambiente de descontração, a dois dias da cúpula da ONU em Nova York.
Manifestações semelhantes foram organizadas em 166 países, incluindo Reino Unido, Afeganistão e Bulgária.
Na capital francesa, 4.800 pessoas participaram da manifestação, segundo a Polícia.
Manifestantes, muitos em bicicletas, exibiam cartazes como "De bicicleta, você já teria chegado aqui" ou "Clima em perigo" e "Chefes de Estado do mundo, ajam!".
Para Eléonore Billaud, uma parisiense de 30 anos, "o homem não deve se autodestruir, apesar de suas necessidades de especulação", disse ela à AFP.
A assistente social Valérie considerou que este ato "é uma forma de criar um grande movimento", acrescentando que a "sociedade civil é cada vez mais capaz de mudar as coisas do que os políticos".
Nicolas Hulot, representante especial do presidente francês para a proteção do planeta, fez um discurso em um grande palco instalado diante de um hotel. "Ontem, podíamos dizer que não sabíamos. Hoje, nós sabemos O aquecimento já está acontecendo", disse Hulot.
Em Bordeaux (sudoeste), de 600 a 700 pessoas participaram da marcha pelo clima, de acordo com uma estimativa da AFP. Cartazes apresentavam críticas bem humoradas como "Se o clima fosse um banco, já teria sido salvo" ou "O verde está apenas no dinheiro". Em Lyon (sudeste), o ato reuniu cerca de 300 pessoas.
Cerca de 100 mil pessoas, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e a modelo Gisele Bündchen participaram do ato em Manhattan, Estados Unidos. Organizadores disseram que 550 ônibus chegaram para o protesto.
Mais de 120 chefes de Estado e de Governo são aguardados na terça-feira em Nova York para uma cúpula da ONU que tem como objetivo dar um novo impulso às negociações internacionais sobre as mudanças climáticas, cinco anos depois do fracasso da Conferência de Copenhague.
Com informações da AFP e Reuters.