Como ferver água mais rápido e com mais eficiência? Cientistas descobriram!
Pesquisadores conseguiram desenvolver uma superfície que impede a formação de películas de bolhas anti calor, melhorando a eficiência e velocidade de fervura
Já pensou se você pudesse ferver a água de uma forma mais rápida e eficiente? Pois cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) já, e eles afirmam ter conseguido essa façanha através de um novo método de construir superfícies. Isso poderá reduzir o gasto de energia em muitos processos industriais, usinas hidrelétricas e de produção química e até mesmo arrefecedores de eletrônicos.
- Startups inovam no acesso à água, mas esbarram no desinteresse de gestores
- Por que água mineral tem prazo de validade na garrafa?
Em uma coletiva de imprensa, os pesquisadores da instituição revelaram ter encontrado uma maneira de otimizar os dois parâmetros-chave para o processo de fervura: o coeficiente da transferência térmica (CTT) e o fluxo de calor crítico (FCC). É muito difícil fazer com que ambos sejam melhorados, já que melhorar um geralmente implica em piorar o outro, numa troca (quase) equivalente.
Ideias borbulhantes
Quando há muitas bolhas na superfície fervente, isso quer dizer que a fervura é muito eficiente, mas se há bolhas demais, elas podem coalescer juntas, formando uma espécie de película de vapor pela superfície. Essa película coloca uma resistência à transferência de calor da superfície quente para a água, dificultando a eficiência da transferência térmica e diminuindo a taxa de FCC.
Para chegar a uma fervura mais eficiente, os pesquisadores adicionaram uma série de pequenas cavidades de escala micro a uma superfície, controlando a formação de bolhas no local. Isso as manteve presas ao local das depressões e evitou que se espalhassem para formar a película resistente a calor. As microcavidades foram posicionadas a uma distância ideal — 2 mm — para otimizar o processo.
Até o momento, os cientistas realizaram o feito apenas em uma pequena escala, em condições laboratoriais que ainda não podem ser facilmente redimensionadas para aplicação prática em dispositivos modernos. O estudo, no entanto, endereça isso afirmando que o estágio atual de fato não é pensado para ser escalonado industrialmente. É apenas uma forma de provar que o sistema pode funcionar.
O foco da equipe, agora, fica em encontrar formas adicionais de criar esse tipo de textura para superfícies, visando o uso prático em dispositivos utilizados para fervura. Mostrar que é possível controlar superfícies é o primeiro passo, segundo os pesquisadores, sendo que o próximo é pensar em abordagens mais escalonáveis.
Fonte: MIT
Trending no Canaltech:
- 5 motivos para NÃO comprar o Volkswagen Nivus
- Sorvete chinês que não derrete é investigado por autoridades
- Ligação genética entre doenças intestinais e mal de Alzheimer é confirmada
- Avião da Gol evita colisão em Congonhas com manobra espetacular; veja vídeo
- iPhone 14 pode ter versão apenas com eSIM, sem bandeja para chip físico