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Coração de Dom Pedro I: como saber se o órgão é mesmo do monarca?

Exposto no Itamaraty desde agosto, o coração veio para comemorar os 200 anos de independência do Brasil

9 set 2022 - 11h18
(atualizado às 11h36)
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Foto: twenty20photos/envato / Canaltech

Chegando ao Brasil em 22 de agosto para as comemorações da independência do país, ocorridas em 7 de setembro, o coração de Dom Pedro 1º fez parte de cerimônias do governo e foi exposto no prédio do Itamaraty, na capital, voltando para Portugal nesta quinta-feira (8). O órgão é guardado em formol pela Igreja Nossa Senhora da Lapa, no país europeu, desde 1837, mas algumas pessoas levantaram a questão: será que o coração é mesmo do antigo monarca?

De acordo com peritos, há alguns métodos para determinar a origem do coração. Inicialmente, é preciso saber se o órgão é humano, o que, pela forma e tamanho, é fácil determinar. Então, deve ser retirado um fragmento dele e extrair seu DNA para fazer um perfil genético do falecido. As coisas complicam um pouco na hora de comparar esses dados com restos mortais confirmados do ex-imperador.

Determinando parentescos

Os melhores órgãos para se comparar o DNA, segundo especialistas, são a cabeça do fêmur, a medula óssea e o dente molar. O corpo de D. Pedro 1º, curiosamente, já foi exumado — em 2012, após 8 anos de negociação com a família imperial, a arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel obteve autorização para o procedimento para o seu mestrado.

O corpo do monarca e de suas esposas foram submetidos a ultrassonografias e tomografias, mas não há registro da coleta de material genético à época. Outra maneira de comparar o DNA pode ser através da linhagem familiar, analisando os genes dos descendentes para checar a aproximação do perfil genético do falecido com base em sua árvore genealógica. Isso depende, no entanto, da vontade da sua família.

Preservação do coração de D. Pedro 1º

O coração do imperador fica em um recipiente embebido com formol, líquido trocado a cada 10 anos. A pedidos de D. Pedro 1º, o órgão foi removido do corpo e mantido em Porto, cidade amada por ele no final da vida. Apesar de a substância manter a morfologia — ou seja, formato e aparência — do coração em bom estado, evitando o apodrecimento por até mesmo séculos, ela desgasta o DNA. O exame, no entanto, não é impossibilitado por isso.

Até o momento, vale ressaltar, não há planos para fazer exames de comprovação da origem do coração, que não passa por um questionamento formal acerca da sua associação a D. Pedro 1º.

Canaltech
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