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Dragão da Morte: como era réptil pré-histórico descoberto na Argentina

Fósseis pertencentes ao Dragão da Morte, encontrados na Argentina, datam de 86 milhões de anos.

26 mai 2022 - 12h18
(atualizado em 27/5/2022 às 11h26)
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Uma equipe de paleontólogos descobriu os restos mortais na Cordilheira dos Andes da Argentina em 2012
Uma equipe de paleontólogos descobriu os restos mortais na Cordilheira dos Andes da Argentina em 2012
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Restos fossilizados de um réptil voador gigante — do tamanho de um ônibus — foram descobertos na Argentina.

O Dragão da Morte, como os cientistas apelidaram a nova espécie, caçava presas há cerca de 86 milhões de anos.

Quando estendidas, suas asas mediam nove metros de uma ponta à outra. O tamanho do predador é "aterrorizante", disse Leonardo Ortiz, o cientista por trás da descoberta à BBC.

"Esta espécie tinha uma altura semelhante à de uma girafa", diz Ortiz, com uma envergadura que "desafia os limites de nossa compreensão biológica".

Seus restos foram preservados em rochas nas montanhas dos Andes por 86 milhões de anos, o que significa que a criatura voadora viveu no mesmo período que dinossauros.

Fósseis do pterossauro recém-identificado estavam enterrados em rochas há 86 milhões de anos
Fósseis do pterossauro recém-identificado estavam enterrados em rochas há 86 milhões de anos
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Ortiz foi um dos paleontólogos que originalmente descobriram os fósseis do réptil durante uma escavação na Argentina em 2012.

Ele escolheu o nome da espécie — Thanatosdrakon amaru — porque combinava as palavras gregas para "morte" e "dragão".

"Parecia apropriado nomeá-lo dessa forma", disse o professor Ortiz em entrevista anterior. "É o dragão da morte."

Acredita-se que o réptil seja um dos primeiros predadores a usar suas asas para caçar presas — voando pelos céus pré-históricos da Terra antes da evolução dos pássaros.

Apesar disso, Ortiz disse à BBC que o animal provavelmente passava a maior parte do tempo no chão.

Os detalhes do estilo de vida pré-histórico da criatura são escassos, mas o fato de um par de espécimes de tamanhos diferentes terem sido descobertos juntos é evidência de que o predador vivia em grupos.

O réptil viveu cerca de 20 milhões de anos antes de um asteroide atingir a Terra em um evento catastrófico de extinção, eliminando três quartos da vida animal e vegetal e marcando o fim do Período Cretáceo.

Em 2017, fósseis pertencentes a um pterossauro ainda mais antigo, datado de 170 milhões de anos atrás no período jurássico, foram descobertos na ilha escocesa de Skye com uma envergadura estimada de 2,5 metros.

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