Entenda por que terremotos têm réplicas?
Um grande terremoto é normalmente precedido de sismos premonitórios e seguido de réplicas. A teoria que explica a ocorrência de tremores de terra é a tectônica de placas.
As réplicas, como a que ocorreu nesta terça-feira (12/05) no Nepal, também são terremotos. Os sismólogos distinguem entre os sismos premonitórios ou preliminares (menores e que antecedem o principal), o sismo principal (que é sempre o maior abalo) e as réplicas, que podem ocorrer alguns dias após o tremor principal, mas também meses mais tarde. E elas podem ser inúmeras.
Como se explica a ocorrência de terremotos e réplicas?
Segundo a teoria chamada tectônica de placas, a parte exterior da Terra é composta de duas camadas: a litosfera (por sua vez composta pela crosta terrestre e a parte mais externa e rígida do manto) e a astenosfera (que inclui a parte mais interior e viscosa do manto).
A litosfera não é uma camada unificada, mas dividida em várias placas tectônicas, que deslizam sobre a astenosfera. As regiões onde essas placas tectônicas encostam umas nas outras são chamadas limites de placas. O Nepal fica exatamente sobre uma delas, no limite das placas Indiana e Euroasiática.
O deslizamento das placas tectônicas provoca tensões, que se acumulam ao longo de anos e até séculos. Quando essas tensões são descarregadas, elas provocam terremotos. Assim, longas fases tranquilas são seguidas por curtos períodos de muitos tremores – os sismos premonitórios, principal e as réplicas.
O limite de placas onde fica o Nepal é uma das regiões com maior atividade sísmica do mundo. Lá, a placa Indiana desliza, em média, cerca de quatro centímetros por ano para baixo da placa da Euroasiática. Para placas continentais, essa é uma velocidade notável.
Qual a força de terremotos e de réplicas?
Em geral, os sismos preliminares são fracos e podem até passar despercebidos. Já as réplicas podem ser quase tão fortes quanto o terremoto principal. Assim, o terremoto principal de 25 de abril no Nepal teve uma magnitude de 7.8 na escala Richter, e a grande réplica de 12 de maio atingiu 7.2. Essa réplica foi seguida de outras réplicas menores: uma passou de 6 na escala Richter, três eram superiores a 5.