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A Lua pode ter se formado apenas algumas horas após colisão de Theia com a Terra

Simulações de alta resolução mostraram que o impacto de Theia na Terra teria ejetado detritos à órbita, que se uniram e formaram a Lua horas após o eventoA L

4 out 2022 - 17h40
(atualizado às 20h13)
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Como a Lua se formou? Uma resposta definitiva para esta pergunta ainda não existe, mas a teoria mais aceita é que nosso satélite natural surgiu a partir da união de detritos ejetados pela colisão de Theia, um planeta do tamanho de Marte, com a Terra. Agora, uma equipe de cientistas liderada por Jacob Kegerreis, pesquisador do Centro de Pesquisa Ames, da NASA, realizou simulações diversas e chegou à conclusão de que a Lua pode ter sido formada apenas algumas horas após tal colisão.

Foto: Michael Elser/University of Zurich / Canaltech

Há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra teria sido atingida por Theia, um objeto do tamanho de Marte, e a maioria das teorias mais aceitas hoje descreve que os detritos do impacto teriam se acumulado e formado a Lua. O problema é que, mesmo assim, elas não explicam exatamente o porquê de a composição da Lua ser tão similar à da Terra, o que indica que a maioria do material que forma nosso satélite natural era do nosso planeta.

A colisão entre a Terra primordial e Theia teria deixado um disco de detritos, que foram se aglutinando e formaram a Lua (Imagem: American Museum of Natural History)
A colisão entre a Terra primordial e Theia teria deixado um disco de detritos, que foram se aglutinando e formaram a Lua (Imagem: American Museum of Natural History)
Foto: Canaltech

Se considerarmos os cenários em que a colisão de Theia liberou detritos para o espaço e os misturou com apenas uma parte do material terrestre, as similaridades da composição lunar em comparação com a terrestre ficam ainda mais intrigantes. Uma teoria que poderia explicar essas semelhanças descreve que mais material da Terra foi usado para formar a Lua e suas camadas externas, mas ela ainda deixa lacunas relacionadas à órbita lunar atual.

Assim, buscando uma explicação para a origem do nosso satélite natural que responda estas perguntas, os pesquisadores simularam centenas de diferentes impactos, variando o ângulo e velocidade, colisão e as massas e giros dos corpos envolvidos. Eles descobriram que simulações de menor resolução podem deixar passar aspectos importantes de colisões de grande escala, e encontraram algumas características que não apareceram em estudos anteriores.

Foram somente as simulações de alta resolução que produziram um satélite natural semelhante à Lua, e os detalhes adicionais mostraram que as camadas externa deste satélite eram mais ricas em material vindo da Terra. Isso significa que, se a Lua tiver se formado logo depois do impacto, menos material foi derretido do que o apontado nas teorias padrão, que descrevem que nosso satélite natural nasceu do disco de detritos ao redor do planeta.

A equipe descobriu também que, quando um satélite natural passa tão próximo de um planeta a ponto de correr o risco de acabar rompido pelas forças das marés gravitacionais, o objeto pode sobreviver e até ser empurrado a uma órbita mais ampla. "Além de descobrir que resoluções padrão podem trazer respostas erradas, foi animador ver que os novos resultados podem incluir um satélite como a Lua em órbita", disse Kegerreis.

Além de ajudar os cientistas a entender melhor a origem da Lua, este e outros estudos do assunto revelam muito sobre o processo de evolução da Terra. "Quanto mais aprendemos sobre como a Lua se tornou o que é, mais descobrimos sobre a evolução da Terra", disse Vincent Eke, coautor do estudo. "As histórias delas se entrelaçam, e podem ter sido espalhadas nas histórias de outros planetas alterados por colisões similares ou diferentes", finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters.

Fonte: Astrophysical Journal Letters; Via: NASADurham University

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