Agência Espacial Europeia confirma que satélite reentrou na atmosfera
A Agência Espacial Europeia confirmou que a reentrada do satélite ERS-2 aconteceu durante a tarde desta quarta-feira (21) sobre o Pacífico norte
O satélite ERS-2 já atravessou a atmosfera da Terra. Segundo uma publicação da Agência Espacial Europeia (ESA) no X, o antigo Twitter, a reentrada da espaçonave aconteceu às 14h17, no horário de Brasília. As estimativas publicadas antes sugeriam que o satélite retornaria por volta das 12h41.
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Na publicação, a ESA destaca que confirmou a reentrada atmosférica do ERS-2 sobre o Pacífico norte, em um ponto entre o Alasca e o Havaí. A agência destaca também que o combustível que restou no satélite foi descartado, como uma forma de diminuir os riscos de que ele se rompesse a uma altitude que fosse perigosa para outros satélites.
UPDATE 19:30 UTC (20:30) CET
We have confirmation of the atmospheric reentry of ERS-2 at 17:17 UTC (18:17 CET) +/- 1 minute over the North Pacific Ocean between Alaska and Hawaii.
Coordinates: https://t.co/BNX4K1YxW2
— ESA Operations (@esaoperations) February 21, 2024
Segundo as coordenadas divulgadas pela agência, a reentrada aconteceu no ponto indicado no mapa abaixo.
Nos últimos dias, o satélite ERS-2 vinha perdendo 10 km de altitude. Nesta quarta-feira (21), quando chegou à altitude crítica de 80 km, o arrasto dos gases atmosféricos em sua estrutura estava tão forte que a espaçonave começou a se romper.
Durante o processo de reentrada, o atrito entre os gases da atmosfera e o satélite devem ter deixado sua estrutura quase totalmente queimada. Se algum fragmento tiver resistido, é provável que tenha caído no oceano.
"A probabilidade de um pedaço de satélite cair na cabeça de alguém é estimada em uma em um bilhão", declarou Benjamin Bastida Virgili, engenheiro de sistema de detritos espaciais na ESA.
O satélite ERS-2
Lançado em abril de 1995, o satélite ERS-2 passou 16 anos observando o gelo nos polos da Terra, o aumento no nível dos oceanos e aquecimento das águas. Além disso, o satélite atuou também no monitoramento de desastres naturais.
A ESA descreve que o ERS-2 "retornou informações valiosas, que revolucionaram nossa perspectiva do nosso planeta e das mudanças climáticas". Foi em 2011 que a agência decidiu aposentá-lo, como consequência da preocupação crescente com o lixo espacial e seus riscos para as atividades em órbita.
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