Após 20 anos, Nasa retrata “Pilares da Criação” em Nebulosa
Na foto, três grandes colunas de gás aparecem em meio a um aglomerado de estrelas jovens e massivas
Uma das imagens mais famosas tiradas pelo satélite espacial Hubble da Nasa é dos chamados “Pilares da Criação”, na Nebulosa da Águia, ou M16, em 1995. Na foto, três grandes colunas de gás aparecem em meio a um aglomerado de estrelas jovens e massivas. Agora, décadas depois, cientistas do Arizona voltaram com satélite ao local e retrataram, novamente, o fenômeno.
Revelada nesta terça-feira no encontro de inverno da Sociedade Americana de Astronomia, a nova foto dos Pilares da Criação dá ainda mais detalhes sobre a estrutura dos gases e, pela primeira vez, mostra a base. A visão infravermelha transforma os pilares em misteriosas silhuetas delicadas visto contra um fundo de milhares de estrelas.
Embora a imagem original tenha sido apelidada de Pilares da Criação, a nova imagem sugere que também são “pilares da destruição”. Isso porque, de acordo com os cientistas responsáveis, Paul Scowen, da Universidade do Estado do Arizona, e Jeff Hester, aposentado da mesma universidade, as estruturas gasosas são transitórias. “Estou impressionado com o quão transitória estas estruturas são. Capturamos os pilares em um único e curto momento de evolução”, diz Scowen.
A neblina azulada em torno das bordas densas dos pilares é material que se aquece e evapora no espaço. As colunas são compostas de hidrogênio e poeira, e agem como “incubadores de novas estrelas”, pois, dentro das colunas e nas suas superfícies, os astrônomos encontraram gases mais densos chamados EGG (Evaporating Gaseous Globules - Glóbulos Gasosos em Evaporação). Várias estrelas estão sendo formadas no interior destes glóbulos.
New @NASA_Hubble pic reveals never-before-seen details of the “Pillars of Creation.” http://t.co/b0SitpMhZC #aas225 pic.twitter.com/aHlxCEa9Ni
— NASA (@NASA) January 5, 2015
A Nebulosa da Águia (Messier 16, NGC 6611) é um jovem aglomerado estelar aberto localizado na constelação de Serpente, a aproximadamente 7 mil anos-luz em relação à Terra. É um sistema relativamente jovem, em termos astronômicos, com apenas 5,5 milhões de anos.