Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Asteroide potencialmente perigoso é descoberto com ajuda de algoritmo

O algoritmo HelioLinc3D revelou o asteroide 2022 SF289. Futuramente, o novo recurso promete aumentar significativamente a taxa de descoberta de asteroides

1 ago 2023 - 18h09
(atualizado às 20h30)
Compartilhar
Exibir comentários

Um algoritmo de detecção de asteroides identificou sua primeira rocha espacial. Chamado HelioLinc3D, o algoritmo detectou o asteroide 2022 SF289 durante testes executados com dados do sistema ATLAS, formado por quatro telescópios. Assim, o novo recurso mostrou que está pronto para encontrar objetos de interesse para cientistas com eficiência maior que aquela dos métodos atuais.

O asteroide 2022 SF289 mede cerca de 180 metros e é considerado potencialmente perigoso (PHA, na sigla em inglês). Esta classificação é dada às rochas espaciais que tenham mais de 140 m de diâmetro e que fiquem a até 7,4 milhões de quilômetros da Terra enquanto viajam pelo espaço.

Em sua aproximação máxima da Terra, o 2022 SF289 fica a menos de 230 mil quilômetros do nosso planeta — para comparação, a distância média entre a Terra e a Lua é de 380.400 quilômetros. Apesar de a distância ser considerada curta em termos astronômicos, as projeções mostram que o asteroide não nos oferece riscos em um futuro próximo.

Ele foi observado pela primeira vez pelo ATLAS. Os membros da iniciativa capturam imagens de partes do céu pelo menos quatro vezes por noite, e consideram que encontraram algum objeto se um ponto luminoso se mexer em linha reta na sequência de imagens.

Foto: BENG-ART/Pixabay / Canaltech

O método já rendeu a descoberta de mais de 2.300 asteroides PHAs, mas os cientistas estimam que há muitos mais deles a serem encontrados. O futuro observatório Vera C. Rubin vai poder ajudar na tarefa a partir de 2025, e promete aumentar de forma significativa a taxa de descobertas dos asteroides.

Os cientistas Ari Heinze e Siegfried Eggl criaram o algoritmo com o objetivo de usá-lo nos dados do observatório em desenvolvimento. Enquanto o Vera C. Rubin não está concluído, a dupla decidiu testar o HelioLinc3D em dados já existentes para verificar se poderia revelar um asteroide ainda não conhecido, e que ainda não tivesse sido observado o suficiente para ser confirmado pelos algoritmos convencionais.

Os astrônomos do ATLAS ofereceram dados para testes. Os telescópios observaram o asteroide 2022 SF289 três vezes em quatro noites, mas nunca conseguiram encontrá-lo quatro vezes em uma só noite para, assim, o confirmarem como um novo asteroide próximo da Terra.

Já o algoritmo HelioLinc3D combinou os fragmentos de dados obtidos nas quatro noites, revelando a rocha espacial. "Esse é apenas um gostinho do que esperar com o Observatório Rubin em menos de dois anos, quando o HelioLinc3D puder descobrir objetos como este todas as noites", comemorou Mario Jurić, cientista do novo observatório e líder da equipe que desenvolveu o HelioLinc3D.

Fonte: Washington University

Trending no Canaltech:

Canaltech
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade