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Cientistas capturam “explosão” misteriosa ao vivo no espaço

Pela primeira vez, a chamada “explosão de rádio rápida” foi notada em tempo real

20 jan 2015 - 09h04
(atualizado às 09h07)
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Última explosão de rádio rápida foi capturada ao vivo pelos cientistas da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália
Última explosão de rádio rápida foi capturada ao vivo pelos cientistas da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália
Foto: Daily Mail / Reprodução

Um fenômeno misterioso que vem causando curiosidade nos cientistas nos últimos anos foi visto, pela primeira vez, no espaço “ao vivo”. A chamada “explosão de rádio rápida”, descrita como uma espécie de flash extremamente curto, de duração de milissegundos, foi captado por astrofísicos australianos. As informações são do Daily Mail.

Os cientistas tentam encontrar explicação para a “explosão” desde 2007, quando foi percebido pela primeira vez no telescópio Arecibo, em Porto Rico. Após a primeira vez, telescópios de todo o mundo foram alertados (tanto na Terra, quanto no espaço), para a melhor observação de outro possível fenômeno semelhante.

As ondas de rádio vêm de uma fonte desconhecida e nem a localização é sabida – sendo um grande enigma para a ciência.

Esta última explosão de rádio rápida foi capturada pelos cientistas da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália. A líder da equipe, Emily Petroff, que usa o telescópio Parkes, acredita que as ondas vieram de algum lugar a 5,5 bilhões de anos-luz da Terra. “Nós fomos a primeira equipe a pegar uma explosão de rádio rápida em tempo real, pois são, geralmente, descobertas semanas, meses ou, até mesmo, mais de uma década depois que aconteceu”, contou.

Apesar da descoberta dos australianos, o mistério continua em torno do assunto, pois os cientistas não sabem o que é realmente o fenômeno, mesmo com todas as observações em vários comprimentos de onda – luz infravermelha, luz visível, luz ultravioleta e ondas de raios-X.

Para tentar desvendar o segredo dessas explosões, os astrofísicos e cientistas tentarão estudar as “pistas” deixadas. Isso porque o Parkes capturou uma polarização da luz que não fora percebida anteriormente: as ondas eletromagnéticas oscilam e seguem em direção linear ou circular; além disso, o sinal a partir da explosão de ondas de rádio foi mais do que 20% polarizado circularmente - o que sugere que existe um campo magnético na vizinhança.

Fonte: Terra
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