Polícia russa examina buraco de cerca de 8 metros onde, supostamente, o meteorito caiu
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Caminhão estaciona ao lado de galpão de uma fábrica de zinco onde a parede desabou
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Carros passam ao lado dos destroços do muro que desabou após a passagem do meteorito
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Trabalhadores russos selam janela que se quebrou após a passagem do meteorito
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Polícia russa examina buraco de cerca de 8 metros onde, supostamente, o meteorito caiu
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Homens observam fábrica que teve a parede destruída
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Ministro de Emergências da Rússia, Vladimir Puchkov, visita um centro esportivo na cidade de Chelyabinsk para inspecionar os danos causados pelo meteorito que caiu na cidade
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Após inspecionar os danos pela cidade de Chelyabinsk, ministro de Emergências da Rússia, Vladimir Puchkov, participa de coletiva de imprensa
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Homem descansa depois de receber atendimento médico na Rússia. Ele foi um dos cerca de 950 feridos após a passagem do meteorito
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Autoridades informaram que o meteorito caiu em um lago congelado nas proximidades da cidade de Chebakul; a queda provocou um buraco de 6 metros
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Fotos do fenômeno foram postadas na internet
Foto: Twitter / Reprodução
Fotos do fenômeno foram postadas na internet
Foto: Reprodução
Fotos do fenômeno foram postadas na internet
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Passagem do metorito deixou rastro pelo céu da região
Foto: STRINGER / REUTERS
Cerca de 500 pessoas ficaram feridas com estilhaços e outros efeitos da passagem do meteorito
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Vidros de janelas foram quebradas com os estrondos
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Fachadas de imóveis foram danificadas após a passagem do meteorito
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Vidros de janelas foram quebradas com os estrondos
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Passagem do metorito deixou rastro pelo céu da região
Foto: STRINGER / REUTERS
Uma fábrica ficou parcialmente destruída na cidade russa de Chelyabinsk, após a queda de um meteorito na região
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Operários trabalhavam para restabelecer a rede de energia, que foi danificada com a passagem do meteorito
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Segundo a Academia de Ciências da Rússia, o objeto celeste pesava cerca de 10 toneladas
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A pressão provocada pelo contato do meteorito com a atmosfera da terra provocou inúmeros danos. Neste prédio de Chelyabinsk, as vidraças ficaram destruídas
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Moradores caminhavam em frente a uma loja, que também foi danificada pela queda do meteorito
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Moradores registraram o momento em que o meteorito cruzava o céu da Rússia
Foto: Oleg Kargopolov / AFP
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Dois cientistas da Universidade de Antióquia, na Colômbia, levaram cerca de uma semana para calcular a origem do meteorito que atingiu Chelyabinsk, na Rússia, e deixou cerca de 1 mil pessoas feridas. Os pesquisadores usaram um recurso incomum nesse tipo de pesquisa: os inúmeros registros em vídeo da queda. As informações são do site Universe Today.
Jorge Zuluaga e Ignacio Ferrin afirmam ao site que os resultados são preliminares e que já estão aprimorando os cálculos. Eles usaram principalmente dois vídeos: um da Praça da Revolução, em Chelyabinsk, e outro da cidade vizinha de Korkino. Além disso, eles levaram em consideração um buraco feito em um lago congelado e que cientistas locais acreditam ter sido causado pelo meteorito que caiu no dia 15.
Os resultados dos cálculos foram apresentados em um artigo no dia 22 e colocam a pedra espacial na classe Apollo de asteroides. "De acordo com as nossas estimativas, o meteoro de Chelyabinski começou a brilhar mais quando estava entre 32 e 47 quilômetros na atmosfera", escrevem os autores do artigo. "A velocidade prevista por nossa análise estava entre 13 e 19 km/s (relativa à Terra), o que engloba a imagem preferida de 18 km/s assumida por outros pesquisadores."
Determinar a órbita ao redor do Sol não foi uma tarefa fácil, nem teve grande precisão. Os cientistas usaram os dados para "calcular os parâmetros orbitais mais prováveis". Eles então utilizaram um programa da Marinha americana para calcular essa órbita provável e chegaram à conclusão que ele pertenceria à classe Apollo, um grupo de objetos bem conhecido e que cruza a órbita da Terra.
O meteorito que atingiu a Rússia em 15 de fevereiro de 2013 provocou pânico e deixou quase mil feridos. A enorme pedra, contudo, não é a primeira a provocar destruição no nosso planeta - e nem de longe é a maior. Veja a seguir 10 asteroides e meteoritos que abalaram o planeta
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1) O asteroide que originou a Lua Com dimensões do tamanho de Marte, provavelmente o maior asteroide a atingir a Terra foi Theia, ainda na fase de formação de nosso planeta, há 4 bilhões de anos. Theia seria, na verdade, um planetoide. De acordo com Ducati, a colisão teria originado a Lua, por desprendimento de parte da massa da Terra. Esta teoria é relativamente recente, mas está sendo bem aceita pelos especialistas, afirma. Esse cenário é chamado de teoria do impacto gigante.
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2) O asteroide que exterminou os dinossauros México Há 65 milhões de anos, um asteroide com cerca de 10 quilômetros de diâmetro atingiu a Terra e dizimou quase todas as espécies de dinossauros. Conforme a astrônoma Daniela, esse fato marca a última grande extinção em massa, que aconteceu na passagem do Cretáceo para o Terciário (K/T). A teoria de que os dinossauros foram extintos pelo impacto de um asteroide é corroborada por uma abundância anômala de lítio (raro na crosta terrestre, mas comum no espaço) nos sedimentos na época do K/T e pela descoberta de uma cratera de impacto cuja idade estimada é exatamente 65 milhões de anos, justifica. A Cratera de Chicxulub está situada na Península do Yucatán, no México, possui 180 quilômetros de diâmetro e é a terceira maior do mundo.
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3) O asteroide que originou a maior e mais antiga cratera África do Sul Localizada na África do Sul, a Cratera Vredefort deve ter sido resultado de um dos maiores asteroides a impactar a Terra, além de Theia. Com 300 quilômetros de diâmetro, Vredefort é considerada, oficialmente, a maior e mais antiga cratera de impacto do nosso planeta. Porém o tamanho original do Domo de Vredefort pode ter chegado a 380 quilômetros de diâmetro. O impacto aconteceu há 2 bilhões de anos, durante a era Paleoproterozóica. Estima-se que o asteroide que originou a cratera tivesse entre 6 e 10 quilômetros de diâmetro, e teria atingido a Terra com uma velocidade de 40 a 250 mil km/h.
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4) O asteroide que causou o maior impacto na história humana Sibéria O evento Tunguska, ocorrido em 30 de junho de 1908, na Sibéria, é considerado o maior impacto conhecido de um asteroide de tamanho considerável na história humana. Com 40 metros de diâmetro, o bólido espacial causou uma grande explosão que destruiu uma floresta de 2 mil quilômetros quadrados, com cerca de 80 mil árvores. A cidade de São Paulo, por exemplo, tem 1,5 mil quilômetros quadrados. A queda liberou uma energia superior à da bomba de Hiroshima.
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5) O asteroide que formou a segunda maior cratera do mundo - Canadá Estima-se que um asteroide com mais de 10 quilômetros que atingiu a Terra há 1,8 bilhões de anos, durante a era Paleoproterozóica, deu origem à Cratera Sudbury, em Ontário, Canadá. O impacto teria sido tão intenso, que os restos se espalharam sobre uma área de 1.600.000 quilômetros quadrados em torno do ponto de impacto. Fragmentos de rocha foram encontrados a mais de 800 quilômetros de distância, em Minnesota. A cratera possui 250 quilômetros de diâmetro e ocupa a vice-liderança no ranking de maiores crateras, além de ser uma das mais antigas. A Bacia Sudbury fica próxima de outras estruturas geológicas e, em sua cratera, repleta de magma, é possível encontrar níquel, cobre, platina, paládio e ouro
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6) O asteroide que formou a cratera mais bem preservada - Arizona (EUA) A Cratera de Barringer, também conhecida como Cratera do Meteoro, data de 50 mil anos atrás, e está localizada ao norte do Arizona, EUA. Cientistas acreditam que ela tenha sido formada por um meteorito de aproximadamente 50 metros, que atingiu a Terra em uma velocidade de 45 mil km/h e produziu uma explosão de 10 megatons. A cratera possui 1,2 quilômetros de diâmetro e 200 metros de profundidade. A cratera de impacto de tamanho considerável mais recente, e mais bem preservada, é a Cratera de Barringer, relata Daniela.
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7) O asteroide que formou a segunda maior cratera no Canadá Há 215 milhões de anos, no período Triássico, um objeto com cerca de 5 quilômetros de diâmetro impactou a Terra e originou a Cratera de Manicouagan, a segunda maior do Canadá, com 100 quilômetros de diâmetro. Esta cratera de impacto formou o atual Lago Manicouagan, também conhecido como O olho de Quebec. Mesmo com a erosão, a Cratera de Manicouagan é uma das mais bem preservadas da Terra. Ela pode estar associada a um evento multi-impacto, que teria sido o responsável pela extinção de répteis no período Carniano.
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8) O asteroide que formou dois lagos simultaneamente - Canadá Neste caso, os bólidos espaciais fomentaram o turismo. Dois lagos circulares, chamados de Clearwater Lakes, no Quebec, Canadá, foram formados simultaneamente pelo impacto de um asteroide que caiu na Terra cerca de 290 milhões de anos atrás. Acredita-se que as crateras de 36 quilômetros de diâmetro, a oeste, e 26quilômetros, ao leste, são consequência de dois asteroides enormes, com 22 e 16 quilômetross de diâmetro, respectivamente. Também há teorias de que o duplo impacto pode ter sido causado pelas pequenas luas do asteroide ou por sua divisão em dois ao adentrar a atmosfera terrestre. Hoje esses lagos são um importante destino turístico em virtude do grande número de ilhas e de suas águas claras.
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9) O candidato a maior asteroide, depois de Theia - Groelândia Em 2012, uma cratera de 100 quilômetros de largura, mas que pode ter chegado a 600 quilômetros de largura e 25 quilômetros de profundidade, foi descoberta na Groelândia. Estima-se que um asteroide de 30 quilômetros de diâmetro chocou-se contra a Terra há três bilhões de anos, quando apenas algas e cianobactérias eram seus habitantes. Se o asteroide atingisse a Terra hoje, ele provavelmente iria acabar com grande parte da vida no planeta. A evidência mais convincente do impacto do asteroide é a presença de granito, parecido com rochas trituradas, espalhado numa área entre 35 e 50 quilômetros, bem no centro do suposto local do impacto. Se for confirmada a tese, a cratera se tornará a maior e a mais antiga do mundo.
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10) Outra candidata a maior cratera da Terra - Antártida Descoberta em 2006, a Cratera da Terra de Wilkes, na Antártida, também é candidata a maior do planeta. De acordo com cientistas, um cometa de 45 quilômetros de diâmetro teria colidido com a Terra, há 250 milhões de anos, formando uma cratera de 480 quilômetros de diâmetro. Sua localização, sob 2 quilômetros de gelo, torna difícil a comprovação. Caso seja confirmada, o impacto pode ser vinculado com a extinção em massa do período Permiano-Triássico.
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O astrônomos já registraram mais de 240 asteroides Apollo com mais de um quilômetro, mas podem existir mais de 2 mil de tamanhos menores. Os pesquisadores agora farão novos cálculos e não levarão em conta o buraco no lago, já que existiria a possibilidade de ele ter sido feito artificialmente.
O objetivo final dos astrônomos é determinar a órbita da pedra nos últimos 50 anos com grande precisão, o que poderá dizer a posição dela no céu e, comparando com arquivos de imagens de telescópios, se ela foi negligenciada por pesquisadores.