Destaque da NASA: a beleza do cometa C/2022 E3 na foto astronômica do dia
A foto destacada pela NASA hoje traz a beleza do cometa C/2022 E3 de diferentes formas. Uma o mostra através de binóculos, e a outra por um telescópio pequeno
A foto destacada no site Astronomy Picture of the Day nesta terça-feira (31) mostra uma característica curiosa do cometa C/2022 E3 (ZTF). Na imagem, estão seu coma esverdeado, as caudas de íons e de poeira e… uma "terceira" cauda.
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Normalmente, os cometas têm apenas duas caudas, mas diferentes fotógrafos vêm registrando a "anti-cauda" do cometa ZTF, nome dado à outra que aparece nas fotos. Ela é formada pelo mesmo material presente nas caudas de outros iobjetos do tipo e, na verdade, não passa de uma ilusão de ótica.
Veja abaixo:
Esta "anti-cauda" é formada por nossa perspectiva de observação do cometa. Conforme a Terra se move pelo plano orbital dele, parte da poeira na trajetória do ZTF é iluminada pelo Sol, e o ângulo de observação dá a impressão de haver uma terceira cauda ali.
Na foto, o cometa aparece como aparecia em observações a olho nu em uma região de céu escuro e distante da poluição luminosa. Já o quadro destacado na parte superior mostra como um observador o veria com binóculos, e na inferior, com um pequeno telescópio.
O que são cometas?
De forma resumida, podemos dizer que os cometas são objetos congelados, acompanhados de gases, rochas e poeira que restaram da formação do Sistema Solar, ocorrida há cerca de 4,6 bilhões de anos. Eles viajam ao redor do Sol em órbitas altamente elípticas, e podem levar milhares de anos para completar uma única volta ao redor do nosso astro.
Conforme a gravidade do Sol os atrai, os cometas dão uma "volta" por trás dele e, depois, seguem de volta rumo ao ponto de origem — e, conforme viajam pelo Sistema Solar interno, eles podem ser observados da Terra. Às vezes, o encontro com o Sol pode ser fatal: alguns cometas podem mergulhar no nosso astro e nunca mais são vistos novamente.
O "Cometa Verde", apelido pelo qual o ZTF ficou conhecido popularmente, se aproximou da Terra pela última vez há 50 mil anos. Sua aproximação máxima ocorrerá no dia 1º de fevereiro, quando o cometa ficará a cerca de 42 milhões de quilômetros do nosso planeta.
Fonte: APOD
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