Destaques da NASA: cometas, nebulosas e mais nas fotos astronômicas da semana
Todo sábado, o Canaltech reúne as fotos astronômicas que a NASA escolheu destacar ao longo da semana. Aqui, você vê belas imagens de cometas, nebulosas e mais!
Mais um sábado chegou, e com ele vem nosso tradicional apanhado das últimas imagens astronômicas publicadas no site Astronomy Picture of the Day. As fotos desta semana estão bastante variadas, e você encontra nesta seleção belas imagens de nebulosas, cometas, auroras boreais e muito mais — até mesmo um foguete da SpaceX aparece de um jeito surpreendente.
Confira:
Sábado (08/10) — Cometas no céu
Já pensou em ver dois cometas em uma única foto? Na parte superior desta imagem, está o cometa C/2017 K2 (PanSTARRS), um objeto congelado e solitário que vem viajando há cerca de três milhões de anos. Ele veio da Nuvem de Oort, uma nuvem formada por fragmentos congelados. No lado direito, na parte inferior, está o cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3. Ele é um cometa periódico com período orbital de 5,4 anos, que está se desintegrando desde 1995.
No dia em que a foto foi tirada, o cometa Schwassmann-Wachmann 3 estava a cerca de 20 minutos-luz em relação à Terra.
Domingo (09/10) — Auroras boreais
Em 2014, quando se aproximava do pico de atividades em seu ciclo de 11 anos, o Sol liberou ventos e explosões repletos de partículas eletricamente carregadas. Quando chegaram ao nosso planeta, estas partículas encontraram o campo magnético terrestre.
A maioria delas é bloqueada pela magnetosfera, mas alguns íons acabam presos na ionosfera. Ali, eles colidem com átomos de oxigênio e oxigênio. A energia liberada pelos encontros forma o brilho das auroras, com cores que variam de acordo com o elemento contra o qual os íons se chocaram e a altitude em que tudo aconteceu — e é isso o que você vê na foto acima!
Segunda-feira (10/10) — Analema lunar
Você já deve ter visto fotos que mostram analemas do Sol — imagens que trazem o astro fotografado sempre no mesmo horário a cada dia, ao longo de um ano, formando uma figura com o formato do número 8. Mas, nesta foto, o astrofotógrafo decidiu produzir um analema da Lua.
Neste caso, é preciso ter um pouco mais de paciência, porque a Lua volta à mesma posição aparente no céu com cerca de 50 minutos e 29 segundos de diferença a cada dia. Portanto, para criar um analema lunar, é preciso fotografar nosso satélite natural respeitando este intervalo ao longo de uma lunação (o ciclo lunar), de aproximadamente 29,5 dias.
Terça-feira (11/10) — Nebulosa do Pelicano
Aqui você vê parte da Nebulosa do Pelicano, uma grande nuvem gasosa encontrada a cerca de 2 mil anos-luz em direção à constelação Cygnus, o Cisne. Em seu interior, a nebulosa abriga estrelas jovens, envolvidas por poeira escura.
Os grãos de poeira presentes ali são formados por compostos simples de carbono, nascidos em meio às atmosferas frias de estrelas jovens. Com o tempo, os ventos estelares e explosões de estrelas próximas dispersam estes materiais. No lado direito da imagem, estão dois jatos de um objeto Herbig-Haro expelidos pela estrela HH 555 na direita.
Quarta-feira (12/10) — Nebulosa da Lula Gigante
Esta nuvem cósmica é a nebulosa Ou4, mais conhecida como "Nebulosa da Lula Gigante". Este objeto tem dois polos em sua estrutura, que se destacam pelas emissões em azul e verde de átomos de oxigênio ionizados.
A Ou4 parece estar cercada por Sh2-129, uma grande região de emissão que brilha em vermelho devido ao hidrogênio ionizado. Por enquanto, ainda não se sabe a verdadeira distância da Nebulosa da Lula, mas estudos recentes sugerem que ela faz parte da região, localizada a cerca de 2.300 anos-luz de nós.
Quinta-feira (13/10) — Telescópio James Webb fotografa anéis de poeira
Aqui, temos um sistema binário de estrelas a cerca de 6 anos-luz de nós, dominado pela estrela WR-140. Ela é do tipo Wolf-Rayet, portanto, é uma estrela massiva e brilhante, bastante conhecida por suas camadas externas produtoras de poeira cósmica, rica em elementos como oxigênio e nitrogênio.
Eles são lançados ao espaço, formando uma espécie de nebulosa ao redor da estrela. Já os anéis avermelhados são resultado da aproximação das estrelas: com a curta distância entre elas, os ventos estelares emitidos se encontraram e comprimiram os gases que as formam, criando a poeira.
Sexta-feira (14/10) — Foguete Falcon 9 e a Lua cheia
Esta bela Lua cheia foi fotografada junto de um foguete Falcon 9 subindo pelo céu. Talvez você tenha notado algumas ondulações perto das bordas do disco lunar. Saiba que elas são o resultado das ondas de choque supersônicas causadas pela passagem do foguete, que alteram o índice de refração da luz na atmosfera.
A fase da Lua cheia ocorre quando nosso satélite natural está em posição oposta ao Sol, ao longo de sua órbita ao redor da Terra, ficando com a face iluminada completamente visível.
Fonte: APOD
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