No início, tudo era uno, pequeno e muito denso. Após um evento cósmico, ocorrido há 13 bilhões de anos, essa energia concentrada começou a se expandir rapidamente, dando origem ao universo como o conhecemos hoje. Essa teoria da criação do universo, chamada de Big Bang, costuma ser bem aceita no meio acadêmico. Mas uma pesquisa canadense, publicada em setembro, sugere um início diferente para a história.
Cosmologistas do Instituto Perimeter de Física Teórica, da Universidade de Waterloo, no Canadá, especularam que nosso universo pode ter se formado a partir da explosão de uma estrela de quatro dimensões espaciais (4D), originando um buraco negro. Após essa supernova, os restos de matéria podem ter formado uma membrana em 3D, que está em constante expansão – ou seja, o nosso universo.
Adeus, singularidade
Em um primeiro momento, pode-se pensar que a grande novidade seria a possibilidade de nosso universo ser apenas uma pequena camada de algo muito maior. Mas, até aí, não há nada que confronte o Big Bang, que apenas explica a expansão do universo, e não o que há antes e além dele. O ponto central é a origem dessa expansão. Enquanto a nova teoria defende que o início foi a explosão da estrela 4D, a teoria que conhecemos hoje diz que tudo começou a partir de um ponto infinitamente denso – o conceito de singularidade – que começou a se expandir.
Segundo o astrofísico Niayesh Afshordi, do Instituto Perimeter de Física Teórica, o ponto de partida da pesquisa não foi a supernova, mas sim a possibilidade de pertencermos a uma fatia de um universo 4D, como propunha um trabalho publicado em 2000 por físicos da Universidade Ludwig Maximilians, de Munique. “A origem da pesquisa foi verificar se a ideia de vivermos em uma membrana de uma dimensão maior poderia lançar luz à natureza do Big Bang”, explica. A partir daí, chegou-se a um novo cenário. “Começamos com a hipótese de que nosso universo é uma membrana 3D em volta de um buraco negro 4D, mas fomos levados à possibilidade de que essa membrana tenha emergido a partir do colapso de uma estrela 4D, como uma supernova”.
Assim como em um universo 3D existem objetos bidimensionais, no horizonte de eventos de um buraco negro 4D pode haver objetos tridimensionais – hiperesferas. Tendo em vista isso, a equipe de Afshordi se deu conta de que esse buraco negro poderia se originar a partir da explosão de uma estrela 4D. O passo seguinte foi simular esse colapso, e o resultado foi que o material ejetado formou a membrana 3D na qual supostamente vivemos. A membrana é um conceito da Teoria-M – que foi pensada a partir da Teoria das Cordas –, na qual o universo possui 11 dimensões - não apenas as quatro que conhecemos -, e tudo é formado por membranas.
Além de ter realmente lançado luz à gênese do universo em expansão, como a ideia que motivou o estudo propunha, a teoria de Afshordi e seus colegas também pode ajudar a responder outra questão controversa do Big Bang. Hoje, nosso universo tem uma temperatura relativamente uniforme, o que alguns cientistas consideram contraditório, considerando que ele começou a partir de uma caótica explosão. Segundo eles, não teria havido tempo suficiente para que todas as partes desse universo tivessem equilibrado suas temperaturas.
A maioria dos cosmologistas defende que essa expansão não começou a partir de uma grande explosão, e sim de uma desconhecida forma de energia que fez com que a matéria, densa e homogênea, inflasse em uma velocidade superior à da luz. Sendo o universo uma membrana surgida a partir de uma estrela 4D, de acordo com Afshordi, dela foi herdada a condição homogênea. “A temperatura uniforme poderia existir porque a estrela, antes do colapso, teve um longo tempo para alcançar o equilíbrio”, pontua.
A sonda espacial Voyager 1 se tornou o primeiro objeto feito por humanos a cruzar o limite do Sistema Solar e chegar ao meio interestelar. Há 36 anos vagando pelo espaço, a Voyager 1 está hoje a 19 bilhões de quilômetros do Sol. A conclusão foi apresentada por cientistas a partir da análise de informações enviadas pela sonda. Leia mais -
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O sinal da sonda Voyager 1, da Nasa, o objeto feito pelo homem que mais se distanciou da Terra até hoje, foi capturado por telescópios do planeta que abandonou há 36 anos. Atualmente fora do Sistema Solar, a Voyager já passou em sua jornada por diversos outros planetas - e o que pode descobrir a partir de agora, no espaço interestelar, é um mistério para os cientistas. Um longínquo ponto azul é o que mostra a imagem registrada por uma rede de radiotelescópios
Foto: NRAO/AUI/NSF / Divulgação
Ilustração feita a partir de dados obtidos por rede de radiotelescópios mostra localização da Voyager 1 no espaço. Quando a rede de telescópios, chamada Very Long Baseline Array (VLBA), fez o registro, em 21 de fevereiro, a Voyager 1 estava distante cerca de 18,5 bilhões de quilômetros da Terra. Leia mais -
Foto: Alexandra Angelich, NRAO/AUI/NSF / Divulgação
A primeira amostra de solo analisada pela sonda Curiosity em Marte encontrou uma quantidade significativa de água. Os resultados implicarão em futuras missões ao planeta vermelho - inclusive tripuladas. "Nós agora sabemos que deve haver água abundante e de fácil acesso em Marte", disse Laurie Leshin, do Instituto Rensselaer (EUA). Leia mais -
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A primeira rocha analisada por alguns dos instrumentos da sonda Curiosity em Marte chamou a atenção pelo incomum formato de pirâmide. A pedra, contudo, é comum na Terra e se forma nas profundezas do planeta, afirmam os cientistas, que apresentaram o resultado da análise. Leia mais -
Foto: Science/AAAS/Nasa / Divulgação
Galáxias como Andrômeda eram vistas como nebulosas da Via Láctea antes de Hubble. No início do século 20, diversas ideias clássicas da astronomia já haviam sido superadas. Sabíamos que a Terra não era o centro do universo. Nem o era o Sol. Contudo, os cientistas dessa época mal tinham ideia do tamanho do universo. Leia mais -
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Primeiras imagens científicas do instrumento ArTeMiS mostram a região de formação estelar da Nebulosa da Pata do Gato. Leia mais -
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Imagem obtida pelo VLT Survey Telescope (VST), o maior telescópio do mundo concebido para mapear o céu em radiação visível, mostra nodos de estrelas quentes recém-nascidas aninhados entre as nuvens que compõem a nebulosa de Camarão. Leia mais -
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A sonda Voyager 2 registrou essa imagem durante sua passagem por Netuno em 1989. Netuno foi o primeiro planeta cuja existência não foi prevista por observação. Leia mais -
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Fotografia feita por uma sonda desenvolvido para chegar à estratosfera mostra um organismo que, segundo acreditam cientistas britânicos, é a prova de que existe vida fora da Terra
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O material orgânico foi coletado durante a chuva de meteoros Perseidas, que ocorreu em agosto. A descoberta da equipe liderada por Milton Wainwright foi publicada no controverso Journal of Cosmology
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Pesquisadores da Universidade de Sheffield afirmam que encontraram os pequenos organismos após soltarem um balão na estratosfera terrestre, a 27 quilômetros de altitude. Leia mais -
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O gigantesco asteroide Vesta - um dos maiores objetos desse tipo no Sistema Solar, o que o levou a ser classificado como protoplaneta - foi fotografado pela sonda Dawn da Nasa, que o estudou de julho de 2011 a setembro de 2012. Uma imensa montanha elevada, com mais que o dobro do tamanho do Monte Everest, é visível na parte de baixo da imagem. Esses são os últimos registros da sonda Dawn durante sua passagem pelo planeta anão Ceres, o maior asteroide do Sistema Solar
No dinâmico e inquieto planeta em que vivemos, qualquer dia pode registrar o nascimento de um ciclone, uma tempestade tropical, uma erupção vulcânica. Na semana passada, porém, por um breve momento, os céus sobre todos os oceanos da Terra estavam calmos. Por volta da metade do dia 8 de setembro, não havia furacões, tufões... nenhum fenômeno climático extremo sobre o Atlântico, o Pacífico, o Índico - uma ocorrência, conforme destacou a Nasa, bastante rara nessa época
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O "olho do Saara", uma complexa estrutura circular que só pode ser vista totalmente do espaço, foi registrada pela astronauta Karen Nyberg. Também conhecida como "Olho da África", a Estrutura de Richat fica na Mauritânia, em meio ao deserto do Saara, e sua formação constitui um enigma científico
Foto: Karen L. Nyberg/Twitter / Reprodução
A costa dos Emirados Árabes Unidos abriga algumas das maiores plantas de dessalinização do mundo. Em uma área do Oriente Médio que sofre com escassez de água, as plantas ali produzem bilhões de litros de água por dia. A água liberada por esse processo pode afetar o ecossistema costeiro, em particular por meio de um fenômeno conhecido como "maré vermelha", que há pelo menos quatro anos tem causado danos ao ambiente e afetado a produção das plantas. Nesta imagem, divulgada em 13 de setembro pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), o fenômeno é registrado deixando o Golfo de Omã em direção ao Golfo Pérsico em 22 de novembro de 2008
A Nasa seleciona candidatos para passarem setenta dias seguidos deitados em uma cama inclinada, na sede da agência, em Houston (Texas), recebendo um salário de US$ 5 mil mensais (cerca de R$ 11 mil)
Foto: Nasa / Divulgação
O experimento tenta compreender os efeitos da microgravidade no corpo humano. Imagem divulgada pela Nasa mostra simulação de como será realizado o experimento. Leia mais -
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A Nasa fez um registro incomum durante o lançamento da sonda Explorador de Atmosfera e Ambiente de Pó Lunar (LADEE na sigla em inglês), na madrugada do dia 7 de setembro. Um sapo parece voar com a energia resultante do foguete na base de lançamento. Leia mais -
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Simulando a missão que em 1969 levou pela primeira vez o homem à Lua, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) está treinando astronautas em condições que lembram as encontradas no satélite da Terra. Debaixo d'água, Jean-François Clervoy e seu instrutor Hervé Stevenin testam alguns dos obstáculos enfrentados pelos membros da Apollo 11 há 44 anos. Leia mais -
Foto: ESA / Divulgação
A Nasa, agência espacial americana, lançou um perfil oficial no Instagram para se aproximar do público e compartilhas imagens da Terra e além. Uma das primeiras fotos é uma imagem da Terra feita da Apolo 11 em 1969
Foto: Instagram / Reprodução
"Estamos constantemente tentando expandir nosso portfólio e mídias sociais para incluir ferramentas que possam contar melhor a história de exploração e descobertas da Nasa", disse a assessora de imprensa da agência, Lauren Worley
Foto: Instagram / Reprodução
As primeiras atualizações da Nasa no Instagram ressaltaram o lançamento do programa de exploração espacial Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer (LADEE), que ocorrerá em instalações da agência no Estado da Virgínia
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A pesquisa lunar financiada pela agência espacial já encontrou provas da existência de água aprisionada em grãos de minerais na superfície da Lua de uma fonte subterrânea ainda não conhecida
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O perfil da agência vai mostrar imagens e vídeos da aeronáutica, da astrofísica, ciências da Terra, viagens humanas ao espaço e mais
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Mais imagens podem ser vistas no perfil da Nasa: instagram.com/nasa. Leia mais -
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Vênus, o planeta mais brilhante avistado da Terra e que desde meados de julho vinha iluminando os fins de tarde em algumas regiões, foi completamente encoberto pela Lua no dia 8 de setembro. Na imagem, o fenômeno foi fotografado no município de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul
Foto: Giuliana / vc repórter
A Lua e o planeta Vênus foram fotografados no início da noite, por volta das 18h33, na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo
Foto: William Takamori / vc repórter
Fenômeno clareou o céu da cidade de Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul
Foto: Fátima Koch / vc repórter
O alinhamento do planeta Vênus com a Lua encantou os moradores de Sorocaba, no interior de São Paulo
Foto: Thaísa Gimenes Branco / vc repórter
Vênus se aproximando da Lua na cidade de Santa Rita de Caldas, em Minas Gerais
Foto: Régis Júnior / vc repórter
Após ocultação, Vênus reaparece embaixo da Lua na cidade de Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul
Foto: Leonardo Otero / vc repórter
Vênus é o planeta mais brilhante visto da superfície da Terra
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Terra
Quem mora em outras regiões do País não conseguiu ver a ocultação, mas viu o planeta perto do satélite natural
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Terra
O fenômeno começou por volta das 19h em muitas cidades do Sul situadas abaixo de Florianópolis, ou seja, em latitudes Sul maiores que 27 graus