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Explosão em mancha solar gigante causa apagões de rádio no Atlântico

Uma mancha solar gigante que surgiu há três dias na superfície da nossa estrela emitiu uma explosão de intensidade média, causando apagões de rádio no Atlântico

29 jun 2023 - 21h04
(atualizado em 30/6/2023 às 13h25)
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Conforme previsto, a mancha solar gigante na região AR3354 emitiu uma explosão intensa nesta quinta-feira (29), causando um blecaute de rádio no Oceano Atlântico. Agora, os cientistas do clima espacial aguardam para averiguar se o evento também causou alguma ejeção de massa coronal (CME) em direção à Terra.

A mancha 3354 chamou a atenção dos astrônomos por sua evolução rápida — em apenas 24h, ela surgiu minúscula em uma região ativa e se tornou cinco vezes maior que a Terra. Sua formação começou volta das 19h26 da segunda-feira (26) e, hoje, pode ser vista a olho nu. Mas vale lembrar: nunca olhe diretamente para o Sol sem lentes de proteção adequada, como óculos especiais para observar eclipses!

Explosão solar na mancha 3354 (Imagem: Reprodução/NASA/SDO/HMI)
Explosão solar na mancha 3354 (Imagem: Reprodução/NASA/SDO/HMI)
Foto: Canaltech

Essa mancha cobre uma área maior que 1/3 da mancha solar de Carrington que, em 1859, causou a maior tempestade solar já registrada pela humanidade. Outras mais intensas devem ter acontecido, mas a ciência ainda não conhecia tais eventos, nem era capaz de observá-los.

Com um campo magnético instável, a mancha 3354 tem potencial de gerar explosões solares de classe X, a mais poderosa da classificação. A erupção desta quinta-feira foi de classe M3.8, ou seja, mediana, mas ainda há chances de eventos mais intensos acontecerem a qualquer momento.

Independente da intensidade, as erupções dessa mancha vão afetar nosso planeta, pois ela está voltada diretamente para a Terra. Já a confirmação de uma eventual ejeção de massa coronal (partículas ionizadas da atmosfera solar ejetadas pela força das explosões) depende dos próximos dados da espaçonave SOHO.

Outros alertas de CME

Os cientistas também estão de olho em uma ejeção de massa coronal que foi emitida na quarta-feira (28), e deve chegar no dia 1º de julho. Quando direcionadas à Terra, uma CME interage com o campo magnético do planeta, que desvia a maior parte das partículas carregadas. Outra parte, entretanto, acaba interagindo com nossa atmosfera, desencadeando tempestades geomagnéticas.

Foto: ISAS/JAXA / Canaltech

As ejeções podem alcançar velocidade de 20 km/s a 3200 km/s, transportando até 10 bilhões de toneladas de gás eletrizado. Isso não é exatamente um grande problema para nós, mas os eventos mais intensos podem afetar alguns equipamentos em órbita caso sejamos pegos desprevenidos.

Cientistas calculam que as chances da CME atingir a Terra no dia 1º de julho não são muito altas e, se acontecer, passará "de raspão" pelo planeta, causando uma tempestade geomagnética de classe G1 (fraca).

Fonte: Spaceweather.com

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