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Feixes de luz verde misteriosa brilham no céu do Japão

As câmeras de Daichi Fujii registraram feixes verdes brilhando no céu do Japão em uma área próxima à do monte Fuji. Eles vieram do satélite ICESat-2, da NASA

19 abr 2023 - 17h24
(atualizado em 20/4/2023 às 09h37)
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Feixes verdes no Japão estavam sincronizados com um pontinho esverdeado
Feixes verdes no Japão estavam sincronizados com um pontinho esverdeado
Foto: cristi180884/Envato / Canaltech

Luzes verdes brilharam no céu próximo do monte Fuji, no Japão. Os feixes brilhantes foram registrados em setembro por Daichi Fujii, curador de um museu da cidade de Hiratsuka que, por sorte, tinha instalado câmeras para capturar meteoros.

Ao invés da luz deles, as câmeras acabaram registrando as luzes verdes, emitidas pelo satélite da NASA ICESat-2, lançado em 2018.

Fujii analisou as imagens, e percebeu que os feixes verdes estavam sincronizados com um pontinho esverdeado, brevemente visível em meio a nuvens. Ele suspeitou se tratar de um satélite e, após investigar os dados orbitais, descobriu que estava certo: o satélite Ice, Cloud and Land Elevation Satellite 2 (ICESat-2) havia passado por lá naquela noite.

Confira as imagens capturadas por ele:

Ele publicou as descobertas nas redes sociais, e não demorou muito para chegarem aos cientistas da NASA. Tony Martino, cientista de instrumento do satélite, ficou surpreso com os registros, já que o satélite parecia estar diretamente sobre o local em que Fujii estava. "Para ver o laser, você precisa estar exatamente no lugar certo, na hora certa, e com condições certas", observou.

O que Fujii viu eram feixes de laser disparados pelo lidar do satélite, um instrumento usado pela agência espacial para medir a altura do gelo, água e solo na Terra a partir do espaço. O instrumento dispara emissões 10 mil vezes por segundo, direcionando seis feixes de luz para a Terra.

Depois, ele mede o tempo que leva para os fótons da luz chegarem à superfície e retornarem. Os dados obtidos são analisados por programas computacionais, que permitem calcular o derretimento de gelo na Groenlândia e Antártida, calcular como está o congelamento dos oceanos polares e mais.

Como é disparado a centenas de quilômetros de altitude, o laser não é perigoso. Além disso, registrar o satélite e suas emissões não é fácil, já que o laser precisa ser refletido em algum meio para se tornar visível. Foi o que aconteceu nas imagens de Fujii: naquela noite, havia nuvens o suficiente para dispersar a luz do laser, que se tornou visível para as câmeras.

Com os dados do satélite, Martino explicou o que apareceu nas imagens da câmera. Foi por meio deles que ele descobriu que havia duas camadas finas de nuvens no céu do Japão naquela noite e, com a localização do satélite e dos feixes em mãos, ele confirmou, definitivamente, que os raios luminosos vieram do ICESat-2. Fim do mistério!

Fonte: NASA

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