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ISS: estação espacial internacional completa 15 anos em órbita

Primeiro módulo da ISS foi lançado em novembro de 1998; até hoje, já foram investidos cerca de R$ 300 bilhões no projeto

20 nov 2013 - 07h27
(atualizado às 07h27)
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<p>Astronautas consertam vazamento de amônia em um sistema de refrigeração de um dos painéis solares da ISS</p>
Astronautas consertam vazamento de amônia em um sistema de refrigeração de um dos painéis solares da ISS
Foto: AFP

A maior cooperação internacional para a exploração do espaço está completando 15 anos. Dia 20 de novembro de 1998 entrou em órbita o primeiro pedaço da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), resultado do esforço colaborativo de 15 nações. Concebida inicialmente para ser parte da estação russa Mir, o módulo Zarya foi adaptado para se transformar na primeira peça do quebra-cabeças do laboratório espacial. Uma década e meia e muitas expansões depois, a ISS hoje desafia as divisões territoriais do nosso planeta e mostra, lá em cima, uma união de povos até há pouco inimaginável na Terra.

A estação constitui-se da maior e mais moderna estrutura já montada pelo homem no espaço. Com 109 metros de largura, 73 metros de comprimento, 20 metros de altura e cerca de 450 toneladas, apresenta-se como plataforma para missões espaciais, como laboratório para experimentos e como um passo necessário para a cara exploração do universo. Segundo estimativa da Agência Espacial Europeia (ESA), o custo de construção, desenvolvimento, montagem e mais de uma década de operação ultrapassa os 100 bilhões de euros, ou seja, mais de R$ 300 bilhões.

Estação Espacial Internacional (ISS) completa 15 anos
Estação Espacial Internacional (ISS) completa 15 anos
Foto: Nasa / Divulgação

O montante é resultado do esforço de cinco agências espaciais. Uma ideia dessa união entre nações pôde ser percebida em uma situação vivida por Chris Hadfield, o astronauta que angariou mais de 1 milhão de seguidores no Twitter e divertiu a Terra ao dedilhar no violão uma versão de Space Oddity, de David Bowie, diretamente da estação. O canadense foi engenheiro de voo na Expedição 34 e comandante da Expedição 35. "O laço pessoal criado em órbita e a história passada que estavam ali... Não era muito razoável esperar que algo assim pudesse acontecer", lembra o astronauta, em entrevista à Nasa, a agência espacial americana, após retornar à Terra em uma nave Soyuz, russa.

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Ainda mais quando se lembra que, antes de se tornar astronauta, Hadfield era um piloto de combate. Na década de 1980, fazia parte da Norad, que buscava interceptar aviões bombardeiros da União Soviética. Uma década depois, tudo mudou: no início de sua carreira espacial, Hadfield participou de uma missão da Nasa em colaboração com os soviéticos. Para a STS-74, que levava, com o ônibus espacial Atlantis, mantimentos e equipamentos para os cosmonautas, o canadense treinou com um homem que reencontraria 18 anos mais tarde: o russo Pavel Vinogradov, para quem passou o comando da ISS ao deixar a estação em maio deste ano, pouco antes de anunciar sua aposentadoria.

O quebra-cabeças da ISS

Semanas depois da contribuição inicial dos russos para a ISS, os Estados Unidos levaram o Unity Mode ao espaço, com o ônibus espacial Endeavour. O Unity foi acoplado à Zarya para funcionar como uma extensão do módulo básico. Ainda hoje, serve como centro de suprimentos e central de energia. Em 12 de julho de 2000, outra peça do quebra-cabeças foi lançada: o Módulo Zvezda serviu como alojamento principal do primeiro grupo de astronautas, que viria no mês de novembro do mesmo ano. Aos poucos, a estação foi sendo montada: Destiny (EUA), Canadarm 2 (Canadá), Quest Airlock (Europa), Pirs (Rússia), Harmony (EUA), Columbus (Europa), Dextre (Canadá), Kibo (Japão), Poisk (Rússia), Tranquility (EUA), Cúpula (Europa), Rassvet (Rússia), Leonardo (Europa), Robonauta 2 (EUA).

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