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James Webb quebra recorde de galáxia mais distante já encontrada

O James Webb encontrou a galáxia mais distante já detectada, o que também significa a luz mais antiga, datando de apenas 320 milhões de anos após o Big bang

13 dez 2022 - 21h16
(atualizado em 14/12/2022 às 11h01)
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Novos estudos sobre uma galáxia descoberta pelo James Webb, candidata a ocupar o título de mais distante já encontrada, está de fato na distância anteriormente calculada pelos pesquisadores. No entanto, ainda são necessários alguns passos para oficializar a novidade.

A primeira imagem de campo profundo do James Webb surpreendeu os astrônomos pela distâncias de algumas galáxias que aparecem no cenário. Algumas pareciam tão distantes que os cientistas ficaram céticos sobre a interpretação dos dados.

O recorde anterior de galáxia mais distante e antiga já observada pertencia à GN-z11, observada pelo Hubble em 2016. Localizada a 13,4 bilhões de anos-luz de distância, esta galáxia já existia 400 milhões de anos (um piscar de olhos) após o Big Bang.

Já a luz da galáxia JADES-GS-z13-0 — a candidata a superar este recorde — é de apenas 320 milhões de anos após o Big Bang. Isso coloca como a luz galáctica mais antiga já observada, tendo viajado por 13,4 bilhões de anos para chegar até nós.

Foto: NASA/ESA/CSA/Colaboração JADES / Canaltech

Em outras palavras, estamos vendo como esta galáxia era há 13,5 bilhões de anos quando o universo tinha 2,3% de sua idade atual. Além de demonstrar o poder impressionante do Webb, a descoberta também ajudará astrônomos a saber mais sobre o universo primitivo e a formação das primeiras galáxias.

Fisicamente, a JADES-GS-z13-0 está à distância estonteante de 33 (e não 13,4) bilhões de anos-luz. Isso ocorre devido à expansão do universo, que é mais rápida que a velocidade da luz. Esse mesmo fenômeno causa o efeito do redshif: a luz das galáxias distantes é "esticada" para o vermelho à medida que o universo se expande.

É graças ao redshift que os astrônomos podem calcular com maior precisão as distâncias e idades das galáxias. Entretanto, nem sempre isso é uma tarefa fácil. Galáxias podem aparecer muito avermelhadas por outros motivos, além da distância, e por isso mesmo alguns cientistas questionaram as primeiras medições da JADES-GS-z13-0.

Para contornar essa dificuldade, o programa Advanced Deep Extragalactic Survey (JADES), uma colaboração internacional de mais de oitenta astrônomos de dez países, se dedicou aos primeiros resultados até confirmá-los. "Podemos estar absolutamente confiantes" disse o astrônomo Brant Robertson, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

O JADES estimou um desvio para o vermelho de 13,2, enquanto a galáxia recordista anterior, descoberta pelo Hubble, tem desvio para o vermelho de 10,957. Existem ainda outras três galáxias analisadas pelo JADES, das quais duas também ultrapassam o recorde do Hubble.

Esses resultados incríveis do JADES vieram de apenas um quarto do total de dados que a equipe já obteve até agora. Portanto, o novo recorde será provavelmente superado novamente nos próximos meses e anos.

Fonte: NASA

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