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James Webb revela mais anéis de poeira ao redor de estrela Fomalhaut

O telescópio James Webb revelou que a estrela Fomalhaut é cercada por um cinturão de asteroides e por um anel de poeira que, até então, era desconhecido

8 mai 2023 - 15h51
(atualizado às 19h15)
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A estrela Fomalhaut é cercada por estruturas de poeira mais complexas do que se pensava. Com o telescópio James Webb, astrônomos da NASA descobriram que ela conta, na verdade, com três cinturões de poeira que se estendem a mais de 20 bilhões de quilômetros dela; os mais internos deles nunca haviam sido observados antes, e podem ajudar os cientistas a entender processos de formação planetária.

Localizada na constelação Piscis Austrinus, o Peixe Austral, a estrela Fomalhaut é jovem e quente, e conta com os cinturões formados pelos detritos deixados por colisões de corpos rochosos maiores.

O anel de poeira dela foi descoberto na década de 1980 e, embora o cinturão mais interno tenha sido registro pelo telescópio Hubble e outros observatórios, nenhum deles identificou outras estruturas por lá. Agora, o Webb revelou que ele não está sozinho: a estrela conta com outros cinturões, encontrados por meio de observações na luz infravermelha.

Foto: NASA, ESA, CSA, A. Gáspár/A. Pagan / Canaltech

"Conseguimos resolver fisicamente o brilho térmico da poeira naquelas regiões internas, então você consegue observar cinturões internos que nunca pudemos ver antes", explicou Schuyler Wolff, membro da equipe que fez a descoberta.

Os três cinturões se estendem por uma distância equivalente a 150 vezes aquela entre a Terra e o Sol; o mais externo deles tem quase o dobro da escala do Cinturão de Kuiper, que agrupa pequenos corpos congelados no Sistema Solar.

András Gáspár, autor principal do estudo que descreve as descobertas, explica que a estrela e seu disco tem componentes parecidos com aqueles do nosso sistema. "Ao olhar os padrões dos anéis, podemos começar a esboçar como um sistema planetário pode ser — se conseguirmos uma imagem profunda o suficiente para ver os planetas suspeitos", acrescentou.

Em sua fala, Gáspár mencionou uma possível característica dos cinturões: eles provavelmente foram esculpidos pela gravidade de planetas ainda não observados. Nas imagens, o Webb capturou o que parece uma evidência de colisão no anel externo, entre dois corpos protoplanetários.

A evidência em questão foi descrita por Gáspár como uma "grande nuvem de poeira", e é diferente do primeiro possível planeta observado pelo telescópio Hubble no anel mais externo, em 2008. Novas observações realizadas em 2014 mostraram que o objeto desapareceu, mas é possível que a nuvem recém-descoberta (e a anterior) sejam uma nuvem em expansão, formada pelas partículas da colisão entre dois corpos.

O artigo com os resultados do estudo será publicado na revista Nature Astronomy.

Fonte: Nature Astronomy; Via: ESA

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