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James Webb revela menor anã marrom de todas a mil anos-luz da Terra

Astrônomos observaram o aglomerado estelar IC 348 e descobriram uma anã marrom que tem de 3 a 4 vezes a massa de Júpiter, sendo o menor objeto conhecido do tipo

14 dez 2023 - 13h06
(atualizado às 16h42)
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A menor anã marrom de todas foi encontrada com o telescópio James Webb. Ela tem de três a quatro vezes a massa de Júpiter e foi descoberta por uma equipe internacional de pesquisadores, que estava estudando o menor tipo de objeto que pode ser formado de forma semelhante às estrelas.

Foto: NASA/JPL-Caltech / Canaltech

Kevin Luhman, autor principal do novo estudo, explica que eles tentaram descobrir quais são as menores estrelas. Para isso, eles estudaram o aglomerado estelar IC 348, encontrado a 1.000 anos-luz da Terra na direção do berçário estelar Perseus.

As anãs marrons podem ajudar os pesquisadores a entender a formação das menores estrelas (Imagem: Reprodução/NOIRLab/NSF/AURA/P. Marenfeld; William Pendrill)
As anãs marrons podem ajudar os pesquisadores a entender a formação das menores estrelas (Imagem: Reprodução/NOIRLab/NSF/AURA/P. Marenfeld; William Pendrill)
Foto: Canaltech

Como o aglomerado tem cerca de cinco milhões de anos e é jovem, qualquer anã marrom que existisse por ali teria brilho forte na luz infravermelha, vindo do calor da sua formação. Então, eles usaram o instrumento NIRcam, do Webb, para procurar possíveis anãs marrons a partir da luz e cores delas.

Depois, trabalharam com o instrumento NIRSpec para analisar as candidatas mais promissoras. Eles encontraram três alvos que têm de três a oito vezes a massa de Júpiter, e temperatura de superfície de 830 ºC a 1.500 ºC — o menor de todos tem de três a quatro vezes a massa do gigante gasoso.

Como os objetos têm massa dentro da amplitude daquela dos planetas gigantes, é fácil se perguntar se realmente são anãs marrons, ou se talvez se trate de planetas que deixaram seus sistemas. Para os pesquisadores, este último cenário é pouco provável, e a descoberta de outros objetos semelhantes deve ajudar a determinar a identidade deles.

Detalhes do aglomerado estelar IC 348 e das anãs marrons descobertas ali (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, and K. Luhman (Penn State University) and C. Alves de Oliveira (European Space Agency)
Detalhes do aglomerado estelar IC 348 e das anãs marrons descobertas ali (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, and K. Luhman (Penn State University) and C. Alves de Oliveira (European Space Agency)
Foto: Canaltech

Duas das anãs marrons mostraram assinaturas de um hidrocarboneto (molécula com átomos de hidrogênio e carbono) ainda não identificado. Uma assinatura semelhante foi registrada pela sonda Cassini nas atmosferas de Saturno e de Titã, uma de suas luas.

Segundo Catarina Alves, coautora do estudo, esta é a primeira vez em que a molécula é detectada na atmosfera de um objeto fora do Sistema Solar. "Os modelos das atmosferas de anãs marrons não preveem sua existência", observou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Astronomical Journal.

O que são anãs marrons?

As anãs marrons são objetos que nascem como estrelas, e são densas o suficiente para colapsar sobre sua própria gravidade. Entretanto, elas não têm densidade o suficiente para realizar a fusão nuclear do hidrogênio que as tornaria estrelas propriamente ditas. Por isso, também são chamadas de estrelas fracassadas.

Algumas das menores anãs marrons têm massa comparável às dos planetas gigantes, e estudar as menores delas pode ajudar os astrônomos a entender melhor os exoplanetas. Como as anãs marrons menos massivas são parecidas com alguns dos maiores exoplanetas, elas devem ter algumas propriedades parecidas com as deles.

Outra vantagem é que é mais fácil estudá-las caso não estejam orbitando nenhuma estrela. Por outro lado, os exoplanetas gigantes costumam ser ofuscados por suas estrelas, dificultando as observações.

Fonte: Astronomical Journal; Via: ESA

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