Mancha Vermelha de Júpiter pode ter cor por queimadura solar
Especialistas da Nasa acreditam que, provavelmente, a cor avermelhada seja um produto de substâncias químicas simples quebradas pela luz solar na atmosfera superior do planeta
Novos estudos realizados por cientistas da Nasa mostram que a cor avermelhada da Grande Mancha Vermelha de Júpiter pode ser causada por queimaduras solares. O mistério desafia cientistas há anos que buscam entender os elementos formadores das nuvens e do planeta gigante. As informações são do Daily Mail.
Especialistas da Nasa acreditam que, provavelmente, a cor avermelhada seja um produto de substâncias químicas simples quebradas pela luz solar na atmosfera superior do planeta. Porém, as novas pesquisas contradizem a principal teoria – até agora - para a origem da cor impressionante do local, a qual afirma que os produtos químicos avermelhados estariam abaixo das nuvens de Júpiter.
“Nossos modelos sugerem que a maior parte da Grande Mancha Vermelha é bastante 'sem graça' na cor, se considerarmos a camada abaixo da nuvem superior – que é formada de material avermelhado”, defendeu o cientista Kevin Baines, da equipe da Cassini com base no Jet Propulsion Laboratory da NASA, em Pasadena, Califórnia.
De acordo com Baines, abaixo da nuvem avermelhada, a Grande Mancha seria, na verdade, de uma cor esbranquiçada ou acinzentada.
Para o estudo, os cientistas reproduziram os efeitos dos raios ultravioletas em gases acetileno e amônia – presentes em alturas extremas de nuvens da Grande Mancha Vermelha.
Júpiter possui três camadas de nuvens principais, que ocupam altitudes específicas em seus céus; da maior para o menor são: amônia, hidrosulfureto de amônio e nuvens de água.
A chamada “Grande Mancha Vermelha” é uma violenta tempestade, que no final dos anos 1880 teve seu tamanho estimado em cerca de 40 mil quilômetros de diâmetro, grande o suficiente para acomodar três Terras lado a lado.
A tempestade, a maior do Sistema Solar, tem a aparência de uma profunda esfera vermelha cercada por camadas de amarelo pálido, laranja e branco. Os ventos em seu interior foram calculados em centenas de quilômetros por hora, disseram astrônomos da Nasa, a agência espacial norte-americana.