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Nasa descobre local de formação de galáxia antiga

Chamada de "Sparky", a galáxia é menor do que a Via Láctea, mas tem duas vezes mais estrelas

28 ago 2014 - 16h11
(atualizado às 17h14)
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Impressão artística de uma tempestade de nascimento de estrelas dentro de uma galáxia
Impressão artística de uma tempestade de nascimento de estrelas dentro de uma galáxia
Foto: Reprodução/Nasa

As observações combinadas de três telescópios espaciais e de um em terra deram aos astrônomos a primeira visão de um lugar onde, há 11 bilhões de anos, se formava uma enorme galáxia, informou nesta quinta-feira a Nasa.

A agência espacial americana indicou que o lugar, denominado "Sparky", consiste de um núcleo galáctico denso que resplandece com a proliferação rápida de novas estrelas.

As observações em questão foram feitas a partir dos telescópios Hubble e Spitzer, da Nasa; o Herschel, da Agência Espacial Europeia, e o W.M. Keck, instalado em Mauna Kea, no Havaí.

Segundo os astrônomos envolvidos, "Sparky" é uma galáxia elíptica plenamente desenvolvida, ou seja, uma congregação de estrelas antigas na qual há uma deficiência de gases e que, segundo a teoria, se desenvolve a partir de um núcleo compacto.

Neste caso, o núcleo teria estado ali a cerca de 3 bilhões de anos após a Grande Explosão, um fenômeno que, segundo os cientistas, deu origem ao Universo em que a Terra se encontra.

"Sparky" tem uma largura de 6 mil anos luz, muito pequeno em comparação com os 100 mil anos luz da extensão da Via Láctea, mas contém duas vezes mais estrelas que a galáxia que compreende o sistema solar da Terra.

Se os cientistas estiverem certos em suas conclusões, "Sparky" apresentou uma visão quase única: desde a Grande Explosão, o Universo esteve se expandindo e é tão difuso agora que aglomerações tão densas como a observada raramente são encontradas.

As observações realizadas a partir do Hubble, um telescópio lançado em abril de 1990 e que orbita a 7.500 metros por segundo a cerca de 560 quilômetros da Terra, permitiram calcular o tamanho de "Sparky", enquanto as imagens em infravermelho de Spitzer e Herschel serviram para determinar a rapidez com que o núcleo da galáxia gera estrelas.

Segundo a Nasa, cerca de 300 estrelas surgem em "Sparky" por ano, uma quantidade 30 vezes acima das 10 aparições de estrelas na Via Láctea.

A teoria mais aceita pelos astrônomos é a de que esse acelerado nascimento de estrelas é a consequência de uma corrente de gás que fluiu em direção ao núcleo durante sua formação no fundo gravitacional de matéria escura, esse material cósmico invisível que funciona como armação na construção de galáxias.

A nota assinalou que essa galáxia cria estrelas por mais de bilhões de anos e, provavelmente, o ritmo de eclosão diminuirá até se deter. É possível que nos próximos 10 bilhões de anos outras galáxias menores se fundam com "Sparky" e esta se transforme em uma galáxia elíptica gigantesca e mais tranquila.

EFE   
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