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Nebulosa do Anel do Sul foi "esculpida" por 5 estrelas, revela James Webb

Os detalhes complexos da Nebulosa do Anel do Sul foram formados pela interação entre 5 estrelas, de acordo com um novo estudo das imagens do James Webb

9 dez 2022 - 16h52
(atualizado às 19h46)
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Imagens feitas pelo telescópio James Webb ajudaram os cientistas a decifrar os mistérios por trás da formação da Nebulosa do Anel. Graças à riqueza de detalhes fornecidos pelos instrumentos de infravermelho do Webb, o passado da nebulosa foi rastreado até o momento em que ela "nasceu".

A Nebulosa do Anel foi um dos cinco protagonistas do primeiro lançamento de imagens do James Webb, em julho deste ano. Além das estrelas brilhantes que vemos na foto, os dados mostraram haver pelo menos duas ou três estrelas invisíveis que criaram as formas alongadas e curvas da nebulosa planetária.

Foto: NASA, ESA, CSA, STScI, NIRCam / Canaltech

Mas quem "rouba a cena" é a dupla de estrelas no centro da formação, bem próximas entre si. Os cientistas descobriram que a cor avermelhada de uma delas se deve ao fato de estar rodeada por um disco de poeira do tamanho do Cinturão de Kuiper (uma imensa região além da órbita de Netuno).

Cada um desses atores teve papel importante na criação da nebulosa na forma que vemos hoje. Embora algumas explicações ainda sejam hipotética, os cientistas compararam os dados com simulações e estão confiantes que suas descobertas estejam próximas da realidade.

Estrelas centrais

A estrela vermelha, que ejetou suas camadas de material para formar a nebulosa, tinha quase três vezes a massa do Sol antes de ejetar suas camadas de gás e poeira. Após essa ejeção, sobrou apenas massa equivalente a 60% à do Sol.

Joel Kastner, membro da equipe do estudo, disse que "todo aquele gás e poeira que vemos jogados em todo lugar deve ter vindo daquela estrela". Ele também afirma que houve a participação de outras estrelas para esparramar todo o material ejetado pela estrela vermelha.

Na imagem acima, as linhas retas na forma de "raios" que atravessam as bordas da nebulosa (destacadas pelos quadros brancos) parecem emitidas pelas duas estrelas centrais. Porém, algumas dessas ejeções tem um formato de linhas finas e retas, enquanto outras apresentam curvas e são mais grossas.

De acordo com as modelagens feitas pela equipe de estudo, as linhas retas podem ter sido disparadas centenas de anos antes que as ejeções curvadas. Além disso, há outro fator determinante: as linhas retas foram disparadas com maior velocidade.

Por fim, uma estrela com uma órbita mais ampla teria bagunçado um pouco esses "raios" de ejeções. Para os pesquisadores, esses formatos complexos são uma evidência de estrelas não visíveis na imagem participando do processo de criação da nebulosa.

Estrelas ocultas

Tais estrelas "escondidas" pelo brilho de suas colegas poderiam ter interagindo com a estrela vermelha pouco antes de seu "grand finale". Essas interações também podem explicar o formato que parecem solavancos opostos na nebulosa.

Além da terceira estrela que supostamente agitou os jatos retos e curvilíneos, uma quarta participante pode ter percorrido o cenário com uma órbita um pouco mais ampla, ajudando a desenhar detalhes como os anéis nos limites externos na nebulosa.

Por fim, a estrela azul brilhante que aparece na borda direita inferior das imagens continua a orbitar lentamente a estrela moribunda.

O artigo descrevendo as descobertas foi publicado na Nature Astronomy.

Fonte: Nature AstronomyNASA 

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