Objeto que formou meteorito de 14 kg pode ter vindo do Cinturão de Asteroides
Cientistas calcularam a órbita e possível origem de um meteorito encontrado na Suécia, tornando-o o primeiro meteorito de ferro com órbita conhecida
Pela primeira vez, cientistas conseguiram descobrir a órbita de um meteorito de ferro. O objeto em questão veio de um meteoro de quase 10 toneladas que apareceu no céu da Suécia em 2020 e se rompeu, produzindo meteoritos de um tipo bem raro — de todos já classificados, apenas 2% são feitos de ferro.
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Os meteoroides são pequenas rochas espaciais que, quando atravessam a atmosfera da Terra, são queimadas e passam a ser chamadas de meteoros. Se fragmentos destas rochas chegarem ao solo, recebem o nome de meteoritos. No caso, o meteorito encontrado na Suécia mede 30 cm de diâmetro e pesa 14 kg.
Além de serem incomuns, os meteoritos de ferro são considerados fragmentos de núcleos no interior de planetesimais, os blocos formadores dos planetas do Sistema Solar. Portanto, estudá-los é uma forma de investigar o passado da nossa vizinhança espacial.
Por sorte, o meteorito de ferro tinha características que permitiram que os cientistas investigassem sua trajetória antes de entrar na atmosfera. "Isso nos ofereceu uma chance única de estudar o mecanismo de entrega dos meteoritos de ferro, e procurar reservas ricas em ferro no Sistema Solar", disse Jaakko Visuri, coautor do estudo.
Segundo os cálculos dos autores, o meteoroide do qual o meteorito veio não tem afinidade com a órbita de nenhum asteroide conhecido. "Descobrimos que o meteoroide (ou seu corpo parental) provavelmente entrou na órbita próxima da Terra a partir do Cinturão de Asteroides", escreveram.
Já Maraia Gritsevich destacou que esta foi a primeira vez em que a trajetória de um meteoroide de ferro foi documentada, bem como a importância da descoberta. "Esta conquista não apenas nos traz informações sobre a jornada fascinante que ele enfrentou, como também contribuiu para a nossa compreensão das origens e dinâmicas de objetos espaciais ricos em ferro", finalizou.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal.
Fonte: The Astrophysical Journal; Via: NLS
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