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Philae inicia testes, mas pode desligar em poucas horas por falta de energia

14 nov 2014 - 13h50
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O módulo Philae começou seus experimentos sobre a superfície do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, mas os próximos resultados talvez não cheguem à Terra porque suas baterias podem se esgotar nas próximas horas e seus painéis não recebem luz solar suficiente.

A equipe científica da Agência Espacial Europeia (ESA) falou hoje à imprensa para dar os últimos detalhes da missão, com a esperança de manter um novo contato com o módulo em torno das 21h GMT se as baterias tiverem potência suficiente para transmitir os dados.

"Se não recebermos dados é muito provável que as baterias tenham se esgotado", reconheceu o diretor da missão Philae, Stefan Ulamec, "ou então um asteroide caiu em cima do módulo", brincou em seguida.

Mesmo assim, assegurou, não se deve espalhar a decepção nem se esquecer que foi possível um "sucesso" histórico ao se chegar a um cometa.

Os cientistas confirmaram que ainda estão tentando verificar a localização precisa do módulo, que refugou duas vezes e não aterrissou onde estava previsto.

Nesse local teria tido sete horas de luz solar por dia que lhe teriam permitido carregar as baterias, mas neste momento, segundo os últimos dados, um painel só recebe uma hora e 20 minutos de luz e o outro entre 20 e 30 minutos.

Se ainda for contactado esta noite, o objetivo é tentar girar levemente os painéis do módulo para reorientá-los, embora a operação não esteja ainda decidida.

Mesmo que o Philae se apague, os dados de seus experimentos ficarão guardados no módulo e não pode se descartar que ele possa ser reativado no futuro se conseguir luz solar suficiente.

Segundo explicou Valentina Lommats do centro de controle da aterrissagem, graças à rotação do cometa o Philae poderia, por exemplo, receber suficiente luz solar no próximo mês de agosto e "despertar", se não ficar coberto por muita poeira.

Durante a noite o Philae começou dois de seus experimentos, após ativação dos sensores que devem estudar a densidade e as propriedades térmicas e mecânicas da superfície do cometa (MUPUS, na sigla em em inglês), e ser colocado em funcionamento o espectômetro APXS.

EFE   
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