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Pulsar com raios gama mais poderosos de todos surpreende cientistas

Astrônomos ficaram perplexos ao descobrir que o Pulsar da Vela, um dos mais próximos da Terra, emite os raios gama mais poderosos já vistos nesse tipo de objeto

6 out 2023 - 11h13
(atualizado às 13h22)
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Novas observações do Pulsar de Vela, feitas pelo Sistema Estereoscópico de Alta Energia (HESS), detectaram os raios gama de maior energia já encontrados nessa classe de estrela de nêutrons. A descoberta pode indicar uma nova física para esse tipo de corpo celeste.

Foto: Science Communication Lab for DESY / Canaltech

Pulsares são um tipo de estrela de nêutrons extremamente denso e com campos magnéticos poderosos. Eles têm jatos luminosos emitidos a partir de seus polos que, conforme o objeto gira, são apontados para diferentes direções.

O Pulsar Vela já é um velho conhecido dos astrônomos e fica a uma distância de 800 anos-luz da Terra, sendo um dos mais próximos de nós já detectado. Com diâmetro de 20 km, completa uma volta em torno de seu próprio eixo 11 vezes por segundo.

Ao observar o Pulsar da Vela com o HESS, os astrônomos se surpreenderam com a energia dos fótons de raios gama emitidos por ele: 20 tera elétron-volts (TeV), os mais energéticos já detectados em um pulsar. Isso significa que provavelmente há algo acontecendo que não foi previsto pelos modelos teóricos desse tipo de objeto.

Conceito artístico de pulsar com seus jatos energéticos (Imagem: Reprodução/NASA’s Goddard Space Flight Center)
Conceito artístico de pulsar com seus jatos energéticos (Imagem: Reprodução/NASA’s Goddard Space Flight Center)
Foto: Canaltech

Os jatos de um pulsar têm o formato de cones de luz enormes, por meio dos quais a energia é liberada na forma de partículas aceleradas quase à velocidade da luz. Mas, segundo os autores do estudo, os cones do Pulsar da Vela não são largos o suficiente para acelerar os fótons até o nível de energia observado.

Portanto, é preciso encontrar explicações que possam ser observadas em futuras observações. As propostas da equipe do estudo incluem a possibilidade das partículas serem aceleradas fora da zonas dos cones, talvez devido a campos magnéticos que se estendem além delas. Outra ideia é que o movimento dos "ventos" do pulsar estaria acelerando as partículas, aumentando assim a energia que elas carregam.

Não há uma resposta fácil para o mistério, então novas análises devem ser feitas para compreender melhor os processos da aceleração dessas partículas. Isso inclui a busca por outros pulsares próximos que apresentem as mesmas energias nos fótons de raios gama emitidos por seus jatos.

O estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.

Fonte: Nature Astronomy, via: LiveScience

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