Rastros elétricos de colisões podem revelar lixos espaciais minúsculos
Pesquisadores descobriram que pequenos pedaços de lixo espacial podem ser revelados pelos sinais elétricos que emitem quando se chocam com outros objetos
As colisões entre pedaços de lixo espacial emitem sinais que podem ser detectados em solo, revelando os menores detritos em órbita. A descoberta vem de um estudo de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e pode ajudar cientistas a identificarem fragmentos que passariam despercebidos por radares e telescópios.
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Quando pedaços de lixo espacial colidem, eles formam fragmentos ainda menores que são eletricamente carregados; ao se aproximarem, estes fragmentos liberam faíscas que podem ser identificadas. O efeito é semelhante à estática gerada ao esfregar um balão no cabelo de uma pessoa.
Através de simulações, eles descobriram que a colisão de dois objetos a velocidades orbitais geram explosões elétricas que podem ser identificadas por radiotelescópios. Claro, os autores observam que os sinais são bem fracos e têm curta duração, mas acreditam que o método pode ajudar a monitorar pedaços pequenos de lixo espacial ao redor da Terra.
Nilton Renno, professor da universidade e investigador principal do estudo, explica que "quanto menores os objetos, mais difícil é conseguir luz solar ou sinais de radar fortes o suficiente para detectá-los do solo".
Por isso, eles ressaltam que o sinal emitido pelos fragmentos eletricamente carregados depende do material do qual o lixo especial é feito e da velocidade da colisão. Isso significa que os sinais mais fracos podem ser ofuscados pelo ruído das antenas de detecção, e alguns podem nem ter força para atravessar a atmosfera da Terra.
Mesmo assim, a equipe acredita que o método pode contribuir para a detecção de pedaços de lixo espacial medindo apenas 1 mm. Segundo estimativas da Agência Espacial Europeia, há cerca de um milhão de fragmentos com extensão de 1 a 10 cm na órbita da Terra, enquanto há 130 milhões de pedacinhos medindo menos de 1 cm de extensão.
Fonte: Second International Orbital Debris Conference; Via: University of Michigan
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