Rússia e EUA continuarão voos conjuntos à ISS até 2025
A agência espacial russa renovou o acordo com a NASA para voos conjuntos à ISS até 2025, parceria essa ameaçada pela guerra na Ucrânia
A Rússia e os Estados Unidos concordaram em continuar trabalhando juntos no envio de astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), ao menos até 2025. Com a guerra na Ucrânia e as sanções impostas pelos EUA contra o país de Putin, a permanência russa no programa estava incerta.
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Desde o lançamento da ISS no final da Guerra Fria, os dois países colaboram com o crescimento do setor espacial realizando experimentos no laboratório orbital. Por muito tempo, aliás, os russos foram os responsáveis por enviar os astronautas da NASA até lá.
Contudo, a invasão da Rússia na Ucrânia abalou as relações internacionais e resultou em uma série de sanções. Em 2022, os russos chegaram a suspender os experimentos científicos na ISS conduzidos em parceria com a Alemanha e o fornecimento de motores de foguete às empresas espaciais dos Estados Unidos.
No mesmo ano, o diretor da Roscosmos, Yuri Borisov, afirmou que o país abandonaria a ISS a partir de 2024, prazo em que o contrato atual com a NASA se encerra. Agora, a agência decidiu renovar o acordo e permanecerá na estação até o ano seguinte.
Em um comunicado à imprensa, a agência russa disse que deseja "garantir a presença de pelo menos um representante da Roscosmos no segmento russo [da ISS] e a presença de pelo menos um representante da NASA no segmento americano".
O comunicado anuncia que também foram prorrogados os voos cruzados, que é quando a Roscosmos envia um astronauta americano como parte da tripulação de uma espaçonave russa; do mesmo modo, a NASA também envia um cosmonauta em seus foguetes.
Após 2025, o contrato pode ainda ser renovado outra vez, visto que a Rússia já demonstrou intenção de usar a estação até 2028. Até lá, o país pretende já ter lançado o primeiro segmento de sua própria estação em órbita terrestre.
Fonte: The Moscow Times
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