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Satélite brasileiro quebra recorde mundial após 30 anos de operação

Lançado em 1993, o satélite SCD-1 completou 30 anos de funcionamento, batendo o recorde mundial em operação. Hoje, ele recebe dados ambientais

23 jun 2023 - 13h25
(atualizado às 18h25)
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O Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1) completou 30 anos, 4 meses e 4 dias em órbita, quebrando o recorde mundial em operação. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é responsável por sua operação, e o satélite foi lançado em fevereiro de 1993.

Ele é resultado da Missão Espacial Completa Brasileira, o primeiro programa espacial do Brasil. Assim, o SCD-1 é o primeiro satélite artificial completamente projetado, construído, testado e operado no país.

Com o recorde alcançado em 17 de junho, o SCD-1 superou o marco do satélite Geotail, do Japão, que encerrou suas operações no ano passado após uma falha em seu último gravador de dados.

O SCD-1 foi projetado para ter vida útil de apenas um ano, mas segue em atividade décadas após seu lançamento. "Hoje, sabemos que o novato se tornou o recordista mundial em operação. Aquele lançamento se tratava de uma grande conquista para o Brasil", disse o pesquisador Adenilson Roberto da Silva.

Adenilson destaca que o primeiro aspecto importante do recorde vem de o SCD-1 ser o primeiro desenvolvimento de uma nação na área de satélites. "Isso mostra a competência tanto no projeto quanto na fabricação", observou ele.

Foto: INPE / Canaltech

Para o pesquisador, o SCD-1 deve manter seu título. "Dificilmente esse recorde do SCD-1 venha a ser batido devido ao aumento das complexidades e funcionalidades que hoje são demandadas dos satélites. E mesmo que venha a ser batido, não se espera que venha ocorrer por um primeiro desenvolvimento de uma nação", finalizou.

Atualmente, o satélite funciona recebendo dados ambientais coletados por plataformas diversas. Depois, as informações são retransmitidas para estações em solo instaladas em Cuiabá e Natal, e os dados ficam armazenados em um sistema nacional.

Como não tem recursos de propulsão para seu descomissionamento, o SCD-1 deve seguir ativo até que aconteça alguma falha que impeça comunicação com antenas em solo. "No estado atual, a velocidade de rotação, que é o princípio físico que o estabiliza, diminuiu bastante e vai continuar decrescendo. É esperado que, em algum momento, a estabilização seja perdida, sendo, talvez, a provável causa do final de vida do SCD-1", observou Adenilson.

Fonte: MCTI

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