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Telescópio Hubble divulga imagem inédita de aglomerado de galáxias

5 mai 2017 - 16h27
(atualizado às 16h38)
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Abell 370 deforma o espaço em volta dele, o que faz do aglomerado um "telescópio natural"
Abell 370 deforma o espaço em volta dele, o que faz do aglomerado um "telescópio natural"
Foto: NASA / BBC News Brasil

Em sua mais recente missão, o telescópio espacial Hubble trouxe imagens nunca antes vistas de galáxias a 6 bilhões de anos luz de distância da Terra.

As imagens mostram o aglomerado de galáxias Abell 370 e foram feitas a partir da gravação de 630 horas de observação do telescópio sobre 560 órbitas da Terra. Seis aglomerados de galáxias foram vistos com detalhes inéditos, incluindo o Abell 370, que foi o último a ser estudado.

A missão faz parte do programa Frontier Fields, da agência espacial americana (NASA) e da agência espacial europeia (ESA), que usa aglomerados de galáxias gigantescos para estudar os mistérios da matéria escura e do início do Universo.

Localizado na constelação Cetus (também chamado de "monstro do mar"), o Abell 370 é composto por centenas de galáxias.

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Imagens do Abell mostram galáxias que datam da "infância" do Universo
Imagens do Abell mostram galáxias que datam da "infância" do Universo
Foto: NASA / BBC News Brasil

Grandes aglomerados de galáxias podem, segundo a ESA, servir como "telescópios naturais", dando aos astrônomos a chance de ver de perto galáxias muito distantes e ter uma ideia de como era o Universo em seus primórdios, "apenas" algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang.

"Isso nos ajudará a entender como as galáxias evoluíram durante o período em que o Universo era escuro, opaco, repleto de hidrogênio (...), a remontar a história da formação e crescimento das estrelas", dizem os responsáveis pelo programa Frontier Fields.

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O telescópio espacial Hubble mergulhou em seis bilhões de anos luz para fazer as imagens
O telescópio espacial Hubble mergulhou em seis bilhões de anos luz para fazer as imagens
Foto: NASA / BBC News Brasil

O programa diz ter realizado as observações mais aprofundadas já feitas de aglomerados de galáxias e das galáxias amplificadas atrás deles.

Até onde se sabe, galáxias como a Via Láctea são produzidas por uma combinação de matéria escura, que vão criando órbitas escuras, e formações de gás e estrelas que vão sendo afetados pela gravidade.

Nos anos 1980, astrônomos descobriram que um arco luminoso na parte esquerda da imagem do aglomerado é um fenômeno astrofísico: a imagem gravitacionalmente refletida de uma outra galáxia duas vezes mais distante do que o próprio aglomerado.

Agora, o Hubble mostrou que, na verdade, esse arco é composto de duas imagens distorcidas de uma galáxia em espiral que está logo atrás do aglomerado.

O telescópio Hubble, da NASA, fez missão para observar aglomerado de galáxias
O telescópio Hubble, da NASA, fez missão para observar aglomerado de galáxias
Foto: NASA / BBC News Brasil

O aglomerado Abell 370 foi o último a ser estudado no programa. Agora que as observações do Frontier Fields foram concluídas, os astrônomos podem usar esses dados para explorar melhor os aglomerados, seus efeitos gravitacionais e as galáxias amplificadas em detalhes.

Aglomerados de galáxias, considerados as maiores estruturas no universo, são sustentadas pela gravidade da matéria escura e formadas quando grupos menores de galáxias colidiram entre si dentro de colisões cósmicas ainda maiores.

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