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Telescópio revela estrelas "invisíveis" na Via Láctea

Nova imagem infravermelha deixa quase transparente poeira que obscurece muitas estrelas

20 fev 2013 - 08h20
(atualizado às 08h23)
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Telescópio do Observatório Europeu do Sul capturou em imagem infravermelha a maternidade estelar NGC 6357
Telescópio do Observatório Europeu do Sul capturou em imagem infravermelha a maternidade estelar NGC 6357
Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti / Divulgação

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) capturou em uma imagem infravermelha divulgada nesta quarta-feira uma enorme quantidade de novas estrelas que seriam de outro modo invisíveis, ocultas pela poeira que as obscurece. Uma paisagem celeste de nuvens brilhantes de gás e filamentos de poeira que rodeiam estrelas quentes jovens foi revelada. A imagem mostra a maternidade estelar NGC 6357 e foi obtida pelo telescópio VISTA - considerado o mais poderoso telescópio de rastreio já construído -, que mapeia atualmente a Via Láctea para determinar sua estrutura e explicar como a galáxia se formou.

Situada a cerca de 8 mil anos-luz de distância na constelação do Escorpião, a NGC 6357 - também chamada Nebulosa da Lagosta devido à sua aparência em imagens no campo visível - é uma região repleta de enormes nuvens de gás e filamentos de poeira escura. No infravermelho, essa poeira se torna praticamente transparente. Nuvens de gás como as dessa região formam astros, incluindo estrelas quentes de grande massa, que brilham em tons azuis-esbranquiçados na área visível.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/ciencia-de-a-a-z/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/ciencia-de-a-a-z/iframe.htm">veja o infográfico</a>

A imagem foi composta a partir de dados infravermelhos obtidos pelo telescópio VISTA do ESO - Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy, situado no Observatório do Paranal, no Chile. Ela mostra algo bastante diferente do observado em imagens anteriores - como, por exemplo, na imagem obtida pelo telescópio dinamarquês de 1,5 metros em La Silla - já que a radiação infravermelha consegue penetrar muita da poeira que envolve o objeto.

Uma das estrelas jovens brilhantes em NGC 6357, conhecida por Pismis 24-1, levou os astrônomos a pensar que se tratava da maior estrela conhecida - até que se descobriu que ela é, na realidade, composta por pelo menos três enormes estrelas muito brilhantes, cada uma com uma massa inferior a 100 massas solares. Ainda assim, essas estrelas parte das estrelas de maior massa existentes na Via Láctea.

Fonte: Terra
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