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Terra foi atingida 26 vezes por asteroides desde 2000

De acordo com um grupo que trabalha na prevenção de desastres causados por asteroides, essas rochas espaciais podem atingir nosso planeta uma vez a cada 100 anos

24 abr 2014 - 12h26
(atualizado às 17h11)
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<p>Uma rocha espacial que explodiu próximo a Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, feriu mais de mil pessoas e criou uma bola de fogo que provocou queimaduras em algumas testemunhas</p>
Uma rocha espacial que explodiu próximo a Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, feriu mais de mil pessoas e criou uma bola de fogo que provocou queimaduras em algumas testemunhas
Foto: AP

Rochas espaciais capazes de destruir cidades interiras atingem a Terra com muito mais frequência do que se imagina, segundo apontou um grupo dedicado à prevenção de desastres provocados por asteroides.

Um asteroide do tamanho da cidade de São Francisco, nos EUA, foi o bastante para acabar com os dinossauros, há 65 milhões de anos, mas uma metrópole inteira poderia ser destruída por uma rocha espacial que coubesse em um campo de futebol.

Estima-se que as asteroides atinjam a Terra uma vez a cada 3 mil anos, mas a Fundação B612 afirma que essa taxa pode ser ainda maior: de 1 vez a cada 100 anos, segundo o USA Today. Cientistas acreditam que essa frequência seja bem plausível, e até mesmo que ela poderia ser bem maior.

"Pode ser um número alto assim", disse Peter Brown, da Universidade de Western Ohio, "mas é provável que o número real gire em torno de uma vez a cada 500 anos, ou até uma vez em cada mil anos", completou.

A estimativa é resultado de dados coletados por uma rede mundial de sensores projetados para detectar explosões nucleares. A rede de sensores, que se tornou um sistema global apenas na última década, capta as ondas sonoras ultraprofundas que circundam a Terra depois que uma bomba nuclear é detonada na atmosfera, ou que um asteróide explode no ar. 

Desde 2000, os sensores detectaram 26 explosões de asteroides equivalentes a mil toneladas de TNT. Em quatro desses acidentes, as explosões liberaram mais energia do que a bomba nuclear que arrasou Hiroshima, em 1945. A autodestruição de um asteroide do tamanho de uma casa, próximo da costa da Indonésia, em 2009, foi mais poderosa do que três bombas de Hiroshima juntas.

Outra rocha espacial, ainda maior, que explodiu próximo a Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, feriu mais de mil pessoas, quebrou janelas e criou uma bola de fogo brilhante o bastante para provocar queimaduras em algumas testemunhas.

Nenhum dos 26 asteroides da pesquisa de Brown foi grande o suficiente para destruir uma cidade, por causa do seu tamanho e da sua composição, além fo fato de terem explodido na alta atmosfera. contudo.

De acordo com o físico chefe-executivo da B612, Ed Lu, esse banco de dados pode ser usado para lançar luz sobre a frequência com que asteroides que podem causar grandes prejuízos atingem a Terra. Seu grupo está arrecadando dinheiro para construir um telescópio capaz de detectar asteroides potencialmente destrutivos.

Os dados da pesquisa disponibilizados à fundação B612 por Peter Brown, serão apresentados em uma conferência científica no verão do hemisfério norte.

Fonte: Terra
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