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Fóssil revela semelhanças entre homem pré-histórico e atual

20 nov 2023 - 13h01
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Em 2005, foi descoberto o fóssil de um hominídeo que viveu na África cerca de 1,8 milhão de anos atrás. Tal detalhe poderia ter passado batido pelos arqueologistas, não fosse por um detalhe: o tamanho da sua clavícula.

Ao analisar os restos encontrados, os pesquisadores perceberam que possivelmente a largura ombro a ombro do nosso antepassado era muito parecida com a do homem moderno. Dessa forma, os estudos indicariam que as principais diferenças seriam apenas no peso e na altura.

Habilidades associadas

Clavícula é um elemento importante para definir algumas habilidades, entre elas arremessar objetos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Clavícula é um elemento importante para definir algumas habilidades, entre elas arremessar objetos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Foto:   / Mega Curioso

Com esse levantamento, os pesquisadores conseguem ter uma ideia de como o homem pré-histórico se comportava em algumas atividades, como escalada, destreza manual e poder para arremessar objetos. Tais ações dependem de força da pessoa, mas também da extensão entre um ombro e outro.

Outro ponto importante é que os autores desse estudo, que ainda não foi certificado, compararam a clavícula do homem pré-histórico com a encontrada em humanos modernos, gorilas, chimpanzés e babuínos e até mesmo seres como os neandertais e o Homo erectus.

Após essas verificações, os cientistas descobriram que a largura média da clavícula dos homens antigos e modernos deve ser bem próxima. Entretanto, eles não souberam dizer exatamente de qual classe de hominídeo eram esses restos, pois na região da Tanzânia havia pelo menos dois tipos diferentes dessa categoria.

Hominídeos podem guardar mais semelhanças com o homem moderno do que imaginamos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Hominídeos podem guardar mais semelhanças com o homem moderno do que imaginamos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Foto:   / Mega Curioso

Semelhanças evolutivas

O estudo divulgado recentemente também indica que as forças evolutivas que agem são atualmente as mesmas vistas há 1,8 milhão de anos.

"As forças evolutivas e biomecânicas agindo nos braços e ombros dos hominídeos de 1,8 milhão de anos não são totalmente diferentes daquelas que encontramos nos homens modernos", revelaram os pesquisadores.

"Essa descoberta indica que houve poucas mudanças morfológicas na clavícula humana nos últimos 2 milhões de anos. Isso também sugere que a largura do ombro (e não necessariamente o tamanho do corpo) pode ter sido similar nos homens há cerca de 1,8 milhão de anos", indica o estudo.

Caso esteja interessado em saber mais sobre o assunto, acesse também o nosso artigo sobre o "Pé Pequeno", um dos hominídeos mais antigos e completos já encontrados, com 3,6 milhões de anos.

Mega Curioso
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