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Groenlândia perde 10 milhões de toneladas de gelo por ano

O aquecimento global tem refletido consequências de forma acelerada na Groenlândia, atingindo área que estava estável até final do século passado

17 mar 2014 - 11h00
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Navio passa por icebergs em Qaqortoq, na Groenlândia. Desgelo tem ritmo acelerado nos últimos anos, afetando nível do mar
Navio passa por icebergs em Qaqortoq, na Groenlândia. Desgelo tem ritmo acelerado nos últimos anos, afetando nível do mar
Foto: Getty Images

A capa gelada que cobre o noroeste da Groenlândia, que permanecia estável até o final do século XX, tem passado por um ritmo muito acelerado de derretimento recentemente. Cientistas revelaram em um estudo publicado pela revista Nature que, só na última década, devido ao aquecimento global, a massa de gelo perdeu cerca de 10 milhões de toneladas por ano, o que causou impacto grande no nível do mar, segundo informações do jornal El País.

Nível do mar aumentou na Groenlândia, inclusive em área que estava estável até últimos anos do século XX
Nível do mar aumentou na Groenlândia, inclusive em área que estava estável até últimos anos do século XX
Foto: Getty Images

Segundo os cientistas responsáveis, o gelo da Groenlândia é um dos principais contribuintes para a elevação global do nível do mar dos últimos 20 anos, representando 0,5 de 3,2 milímetros que sobem anualmente.

A notícia é reveladora já que a zona noroeste da Groenlândia é especialmente fria e tinha se mantido estável até pouco tempo atrás. O estudo realizado pela Universidade Técnica da Dinamarca revelou que toda a margem da capa gelada da Groelândia está instável, de acordo com uma pesquisa na região que compara dados de 1978 a 2012. 

Para dar uma ideia do alcance do fenômeno, a Universidade do Estado de Ohio disse que a camada de gelo de Zachariae, no nordeste, perdeu mais de 20 km nos últimos 10 anos, sendo que uma das áreas glaciais mais dinâmicas do sudoeste da Groenlândia perdeu 35 km de gelo em 150 anos. 

Os cientistas detectaram a mudança na paisagem por meio da análise de dados de cinquenta estações de GPS na região, que permitem o peso do gelo nas rochas - que têm superfície à mostra após o derretimento. Para calcular o derretimento, também foram utilizadas informações de satélites dos Estados Unidos e da Europa.

Fonte: Terra
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