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Líderes mundiais começam a assinar Acordo de Paris sobre clima

22 abr 2016 - 12h57
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Países de todo o mundo, muitos representados por seus chefes de Estado e de governo, começaram nesta sexta-feira a assinar o Acordo de Paris contra a mudança climática em cerimônia nas Nações Unidas.

O presidente francês, François Hollande, foi o primeiro a estampar sua assinatura no documento, que deve ser selado pelo total de 171 nações.

O pacto ficará agora pendente das ratificações nacionais e entrará em vigor uma vez que 55 países, que somem no total 55% das emissões globais, tenham completado esses processos.

Entre estes, 15 Estados anunciaram que vão depositar hoje mesmo esses instrumentos de ratificação e por isso assinaram o acordo imediatamente após Hollande, cujo governo liderou as negociações de dezembro.

A maioria deles são pequenos estados insulares muito afetados pelo aquecimento global como Palau, Fiji ou Maldivas, embora entre eles figurem também outros como Somália e Palestina.

Um a um, os representantes de cada país foram desfilando pelo pódio da Assembleia Geral para pôr sua assinatura em um mesmo livro que inclui o texto do acordo em espanhol, inglês, francês, árabe, chinês e russo (os seis idiomas oficiais da ONU).

Junto a sua assinatura, cada pessoa que assinou o documento estampou a data de hoje.

Após esse primeiro grupo de países, os líderes que discursaram na abertura da cerimônia, entre eles os presidentes do Peru, Ollanta Humala; Brasil, Dilma Rousseff; e Bolívia, Evo Morales, também assinaram o documento.

No ato houve também discursos de representantes da juventude, do setor privado e da sociedade civil, enquanto o broche o pôs o ato Leonardo DiCaprio, que é Mensageiro das Nações Unidas sobre mudança climática.

A ONU prevê que o ato se prolongue durante horas dado o grande número de países que assinarão hoje o documento, o que fixará um novo recorde de assinaturas deste tipo de documentos.

A Convenção Marco da ONU sobre a Mudança Climática foi completada em 12 de dezembro em Paris, no final da reunião da Conferência das Partes (COP21), e adotada por 196 países.

Entre outras medidas, fixou o compromisso mundial para manter o aumento da temperatura média mundial muito abaixo dos 2 graus centígrados com relação aos níveis pré-industriais e prosseguir os esforços para limitá-lo a 1,5 graus C.

Também foi definida a necessidade promover o desenvolvimento econômico com baixas emissões de gases do efeito estufa, "de um modo que não comprometa a produção de alimentos", e orientar os fluxos financeiros nesse sentido.

A convenção, de 29 artigos, que levou anos para ser negociada, entrará em vigor depois que pelo menos 55 países tenham apresentado os instrumentos de ratificação do convenção. Em muitas nações tratados como esse requerem de ratificação parlamentar.

EFE   
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